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Curiosidades / Entretenimento

14 anos de Breaking Bad: 5 curiosidades sobre a série

Considerada uma das melhores produções de todos os tempos, trama dirigida por Vince Gilligan se destaca por imersão da narrativa e referências que poucos percebem

Fabio Previdelli | @fabioprevidelli_ Publicado em 20/01/2021, às 14h59 - Atualizado às 11h30

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Pôster de divulgação de Breaking Bad - Divulgação/ AMC
Pôster de divulgação de Breaking Bad - Divulgação/ AMC

Breaking Bad é uma das séries mais icônicas de todos os tempos. Por mais que seus primeiros episódios possam não cativar tanto, o desenrolar da trama — ao longo de suas cinco temporadas — a eternizou como uma das melhores produções de todos os tempos

Afinal, não é à toa que a produção ganhou inúmeros troféus, como o Emmy de Melhor Série Dramática. Ao todo, Breaking Bad foi vencedora de 45 prêmios da indústria e foi nomeada para outros 113. Além do mais, a trama dirigida por Vince Gilligan foi colocada na 13ª colocação da lista do Writers Guild da América das 101 séries de TV mais bem escritas de todos os tempos.  

Em 20 de janeiro de 2008, há exatos 14 anos, o mundo começou a se familiarizar  com a saga de Walter White (Bryan Cranston), um professor de química que descobre um câncer terminal e começa a fabricar metanfetamina para deixar sua esposa, que está grávida, e seu filho deficiente em condições melhores de vida depois que ele morrer.

Pensando nisso, o site Aventuras na História preparou uma lista com 5 curiosidades da série. Confira!

1. Personagens

Apesar de Breaking Bad girar em torno do drama de Walter White e de sua família, a série é rica em personagens secundários que cativam o público por seu carisma, história de vida e por toda a trama que trazem à produção.  

Jesse Pinkman (Aaron Paul) contracenando com Walter White (Bryan Cranston) / Crédito: DIvulgação/ AMC

Porém, apesar disso, nem sempre o roteiro foi escrito para que isso acontecesse. Jesse Pinkman, por exemplo, seria só mais um dos traficantes que passariam pela vida do professor de química. Inicialmente, Vince Gilligan planejou que o personagem morresse logo no início da série, lá pelo 9º episódio. 

Entretanto, a parceria com White fez tanto sucesso e parecia se encaixar tão bem que os telespectadores logo se encantaram com o personagem vivido por Aaron Paul. Assim, ele acabou 'durando' até o fim da trama. 

A história também se repetiria com Giancarlo Esposito, que deu vida a Gus Fring, dono do império de Los Pollos Hermanos. Logo, o que eram para ser dois episódios, se tornaram sete, e depois se estenderam por 12. Com isso, Gus permaneceu por um bom tempo na trama, sendo responsável por uma das mortes mais icônicas de toda a narrativa.


2. Episódios

Apesar de dívida em 5 partes, as temporadas de Braking Bad não são todas regulares, com umas tendo mais episódios que outras. Ao final, a trama termina em seu 62º ato, chamado 'Felina'.  

E se engana quem pensa que isso é uma pura coincidência. Como diria Pinkman: “Yeah Science, bitch”. Pois bem, explicamos: na tabela periódica, o 62º elemento é o samário, substância utilizada no tratamento de câncer, inclusive o de pulmão, doença que assola Walter White.  

Jesse Pinkman e Walter White/ Crédito: Divulgação/ AMC

Já Felina seria a junção de outros três elementos: Ferro (Fe), Lítio (Li) e Sódio (Na). O primeiro é uma substância dominante no sague, o segundo é usado na produção de metanfetamina e o último é uma matéria importante encontrada nas lágrimas. Três elementos constantemente presentes na trama.


3. Homenagem 

Quando se torna um expoente da metanfetamina em Albuquerque, Walter White, obviamente, não usa seu próprio nome no mundo do crime. Assim, o professor de química passa a se chamar de Heisenberg. Entretanto, o que poucos sabem é que a alcunha foi usada para homenagear Werner Heisenberg, cientista vencedor do Prêmio Nobel.  

Um fato curioso do Heisenberg da vida real é que ele morreu aos 74 anos, em 1972, de câncer. Porém, esse não é o único elo de ligação entre eles. Werner também foi o responsável por estabelecer o princípio da incerteza.

Werner Heisenberg / Crédito: Sciencephoto

Simplificando, a teoria diz que o momento linear e a posição de um objeto qualquer não podem ser medidos ao mesmo tempo. Concluindo, se uma propriedade é definida, as demais permanecem como incertas. 

Aplicando isso de forma ilustrativa na vida de Walter White: quando ele começa a dominar o cartel de Albuquerque e é definido como o principal produtor de metanfetamina, seu papel como pai e marido se tornam incertos.

O mesmo acontece de maneira oposta, quando ele se mostra presente como pai, seu papel como traficante se torna indefinido, afinal, seu desejo inicial era produzir drogas apenas para prover o bem estar da família e não para se tornar milionário. 


4. Teoria das cores

Além de toda a trama, outro ponto que chama a atenção em Breaking Bad é a fotografia da série. Cada cenário, plano de fundo ou figurino parecem ser pensados para descrever a emoção vivida por um personagem em determinado momento. 

Pois saiba que isso é proposital. Se você é fã da série, muito provavelmente já ouviu falar da 'Teoria das Cores'. Segundo ela, as cores usadas pelos personagens representam sua motivação ou personalidade em determinado momento.  

O verde, muito característico nas roupas de White, por exemplo, seriam a ganância, esperança e revelação. Tons dessa mesma cor são usados por Skyler, esposa do protagonista, ao descobrir os segredos de seu marido; e por Saul Goodman, advogado que faz de tudo para garantir um bom trocado, mesmo que tenha que quebrar algumas leis para isso. 

Já o amarelo pode representar a precaução e o cuidado, tanto na vida particular quanto no trabalho. Assim, a cor predomina o figurino de Gus Fring e Gale. E também é a cor da rouba usada por Pinkman e White quando eles cozinham a metanfetamina.

Walter White e Jesse Pinkman com a roupa amarela que usam para produzir metanfetamina / Crédito: Divulgação/ AMC

Porém, em certos momentos, Jesse também se apropria do tom, mas com um significado diferente, sendo usado em momentos de incerteza e medo, podendo ser associado a famosa expressão “amarelou”. 

Outra cor que vale destacar é o azul. Usado por Skyler durante boa parte das duas primeiras temporadas, ele representa a lealdade e confiança. Algo que realmente é mostrado por ela, uma mulher casada e fiel a seu marido. Assim como seu filho, Walter Jr., que tem no pai uma figura de inspiração. 

Já o vermelho pode ser associado ao amor, mas, principalmente, as cenas de violência e de morte, por sua óbvia ligação ao sangue. Por último, temos o preto, que representa a morte, o luto ou a quebra de um ideal que parecia insuperável. 


5. Manias

Por último temos um cenário pouco notado ao decorrer da trama: a metamorfose vivida por Walter White. Não, não estamos falando em como ele se transformou em Heisenberg, mas de como ele moldou sua personalidade e trejeitos a partir da vivencia e morte de outros personagens — que ele mesmo assassinou. 

Logo no início da trama, vemos White aprisionando o distribuidor de drogas chamado Krazy-8. Até antes da morte do traficante, Walt come pão normalmente, sem nenhum tipo de restrição. Porém, após a briga que resultou na morte de Krazy-8, ele se serve da mesma maneira que o morto preferia: tirando as cascas do pão. 

Walter White tirando as cascas do pão / Crédito: Divulgação/ AMC

A mesma 'absorção' de escolhas pode ser vista no primeiro episódio da última temporada, quando o químico dirige um carro da Volvo, mesma marca preferida de Gus. O mesmo acontece quando White prefere consumir uma bebida com gelo quando ela lhe é oferecida por Hawk. A preferência pelo consumo assim era o mesmo que presidiários que ele matou tinham. 

Ante disso, já havíamos visto o professor pedir o "de sempre", uma bebida sem gelo, logo após a morte de Mike. Em entrevista ao Digital Spy, Vince Gilligan falou sobre esse ponto: 

"Esse [ponto] foi proposital, sim. Especificamente em relação ao Gus. Eu diria que, a esta altura, não parece que algum dia veremos alguém tão inteligente quanto Gustavo Fring. Ele era, na verdade, acho, mais inteligente do que Walt, e ainda assim Walt o derrotou. Era como se o cara que atira no Barão Vermelho tivesse que abrir as asas, soltar o buquê de rosas e dizer: 'Tive sorte de ter vencido você porque você é o melhor homem'. É esse tipo de coisa. Então, sim, ele adquire esses traços, eu acho que, subconscientemente”.


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