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Curiosidades / Espionagem

Do Egito Antigo à Primeira Guerra: 8 ações de espionagem mais decisivas

Na guerra, vale quase tudo, principalmente a espionagem: ela se demonstrou crucial desde o início da História

Thiago Lincolins Publicado em 10/02/2020, às 06h00

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Getty Images
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1. A morte do faraó (1155 a.C)

Pebekkamen era um dos principais oficiais do faraó Ramsés III. Com a rainha Tiyi, armou um plano para que seu filho Pentawer assumisse o trono no lugar do herdeiro legítimo, Ramsés IV, fruto do primeiro casamento do faraó.

O traidor conseguiu organizar uma rede de conspiradores para que o rei fosse executado em seu harém, assim como o herdeiro — incluindo um grupo de magos da corte, que executou durante a operação, para enfraquecer o rei. O faraó foi morto com um corte na garganta. Mas o filho viveu e condenou os responsáveis.

2. Espiões de Aníbal (218 a.C.)

 A Invasão / Crédito: Wikimedia Commons

Quando Aníbal Barca invadiu a Itália, o fez em enorme desvantagem numérica. Ainda assim, impôs derrota após derrota aos romanos. A Batalha de Canas, em 216 a.C., na qual o maior Exército já criado pelos romanos foi cercado pelos dois lados por uma força com pouco mais de metade de seu número, foi um completo massacre, com entre 45 mil e 70 mil mortos dos 86 mil romanos.

Canas só foi possível pela vasta rede de espiões cartagineses, que trazia a posição dos movimentos inimigos e plantava falsas informações, levando a emboscadas. 

3. Fundação dos EUA (1778)

Sem espiões, os EUA talvez não existissem. No auge da Guerra Revolucionária Americana, o general George Washington contou com uma rede de espiões implantada na sede do governo britânico, o Círculo Culper.

Entre as técnicas utilizadas pelos agentes, a mais insólitas eram: codificadas em jornais e o uso de tinta invisível para escrever entre as linhas de uma mensagem qualquer. A rede foi eficiente. Em setembro de 1783, os EUA ganharam a guerra e, em novembro, os soldados britânicos deixaram Nova York.

4. Morte do arquiduque  (1914)

O trágico episódio / Crédito: Wikimedia Commons

Era janeiro de 1914 quando Gavrilo Princip, um jovem sérvio-bósnio, assassinou a tiros o arquiduque Francisco Ferdinando. Princip fazia parte da organização “Jovem Bosnia”. Mas o plano que culminou no assassinato do arquiduque foi organizado pela Mão Negra, uma sociedade militar secreta, formada por oficiais do Exército do Reino da Sérvia.

Os membros executavam qualquer um que fosse considerado inimigo. Terminaram por acender o estopim do pior conflito que o mundo havia visto, a Primeira Guerra.

5. Fim da cruzada (1192)

Em abril de 1192, Conrado de Monferrato estava prestes a assumir a coroa do Estado cruzado de Jerusalém, que perdera sua capital em 1187. Foi esfaqueado em praça pública por dois homens disfarçados de monges cristãos.

O assassino que sobreviveu acusou Ricardo, Coração de Leão – um dos líderes da Terceira Cruzada que tentava retomar Jerusalém. Uma carta (forjada) indicou uma ação do Velho da Montanha, líder da seita dos Assassinos, que tentara fazer o mesmo contra Saladino. A cruzada terminaria sem levar Jerusalém.

6. Mago espião (1588) 

Crédito: Wikimedia Commons

No século 16, nada parecia capaz de acabar com a hegemonia espanhola. A rainha Elizabeth I, da Inglaterra, estava disposta a fazer seu país ocupar o posto de maior potência. Para isso, contou com a ajuda do mago, alquimista, matemático e espião John Dee.

A Invencível Armada espanhola estava prestes a atacar os ingleses no Canal da Mancha, o que poderia significar o fim do país. As embarcações britânicas esperaram a tempestade, que veio. Os navios da Espanha foram avariados, salvando a Inglaterra de ser conquistada.

7. Invasão da Itália (1943)

William Martin, tenente da Marinha britânica, viajava de Londres para o norte da África em 1943 quando o avião em que estava caiu no mar, perto da costa da Espanha. Carregava uma correspondência que dizia que os Aliados invadiriam a Grécia.

Os alemães reforçaram as defesas no país e acreditaram que ali seria o local do desembarque – enquanto as tropas aliadas invadiam a Sicília. Nunca existiu um tenente William Martin. O corpo era de um sem-teto inglês que morrera ao comer veneno de rato.

8. Bomba soviética (1942-1949) 

Crédito: Wikimedia Commons

Em 29 de agosto de 1949 a União Soviética fez seu primeiro teste nuclear. Era uma bomba praticamente idêntica ao Fat Man, de Nagasaki. Meses depois, Klaus Fuchs, físico que trabalhou no projeto Manhattan, confessou ter passado segredos aos soviéticos. Ele foi apenas um dos espiões atômicos, e ficou só nove anos na cadeia – bem diferente do relativamente irrelevante casal Julius e Ethel Rosenberg, executado em 1953. Não fosse por esses espiões, é provável que a Guerra Fria não existisse, mas uma aniquilação nuclear dos comunistas.


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