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História Maluca: Vampiro era assunto sério

Corpos eram profanados sob suspeita de vampirismo

Fábio Marton Publicado em 02/12/2016, às 09h02 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h35

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Drácula como retratado por Bela Lugosi, em 1931 - Reprodução / Domínio Público
Drácula como retratado por Bela Lugosi, em 1931 - Reprodução / Domínio Público
Em julho de 2013, arqueólogos desenterraram quatro esqueletos sem data definida de morte em Gliwice, Polônia. As cabeças, decapitadas, estavam entre suas pernas. 

As caveiras haviam tido a duvidosa honra de sofrer um enterro de vampiro, uma tradição europeia que durou até o século 18, quando a imperatriz Maria Tereza, da Áustria, organizou um estudo científico para verificar se vampiros existiam. A resposta, para a surpresa de ninguém, foi "não". 

Logo depois foram criadas as primeiras leis contra a profanação de sepulturas. A imagem moderna dos vampiros é criação do britânico Bram Stoker e seu livro Dracula, de 1897. Para criar um exemplar sedutor e inteligente, ele só escolheu as partes menos ridículas das crenças eslavas. 

Longe de serem nobres manipuladores, essas criaturas eram miseráveis sem teto, aldeões que voltavam para suas tumbas em cemitérios comuns. Quando um corpo era suspeito de vampirismo - as razões englobavam suicídio, bruxaria, ter nascido com deformidades ou num dia azarado -, tinha a clássica estaca atravessada no coração, mas também podia ser decapitado, cremado, ter um tijolo enfiado na boca ou levar um trivial tiro de revólver. 

Soluções menos drásticas incluíam espalhar sementes e um prego em volta do túmulo. O vampiro seria obrigado a contar tudo e, ao furar o dedo com o prego, se distrairia, perderia a conta e teria de começar de novo. Para espantar um desses seres, era preciso dizer frases encantadas como "Volte amanhã que te dou sal". Vampiros não eram só miseráveis, mas também estúpidos.