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Curiosidades / Personagem

Muammar Kadhafi: O harém secreto do ex-ditador da Líbia, segundo livro

Em 2011, após a morte de Kadhafi, livro revelou que muitos acabaram sendo forçados a escravidão sexual no Bab al-Azizia

Redação Publicado em 27/03/2020, às 13h00 - Atualizado em 13/05/2022, às 00h23

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O ditador Muammar al-Gaddafi governou a Líbia desde 1969, quando liderou uma revolução e assumiu o poder - Wikimedia Commons
O ditador Muammar al-Gaddafi governou a Líbia desde 1969, quando liderou uma revolução e assumiu o poder - Wikimedia Commons

Muammar Kadhafi foi um dos mais excêntricos ditadores que a História já viu. O governo Kadhafi ficou marcado pelo abuso do poder e despotismo anti-humanitário. Uma das característica mais insólitas do tirano foi a descoberta de seu harém.

De acordo com declarações feitas por Annick Cojean, autora de 'O harém de Kadafi', que denunciou os horrores sexuais do tirano, ele “governava pelo sexo, obcecado pela ideia de possuir um dia as mulheres e as filhas de ricos e poderosos, de seus ministros e generais, de chefes de Estado e de soberanos”.

Líder líbio Muammar al-Gaddafi acompanhado de suas guarda-costas femininas  / Crédito: Getty Images

A informação insólita sobre o Líder Fraternal da Revolução, só chegou aos olhos do mundo no ano de sua morte (2011), quando uma de suas vítimas, Soraya, relatou a Cojean que fora sequestrada aos 15 anos para realizar os fetiches de Kadhafi.

Os abusos aconteceram em 2004, Sirta, quando o ditador recebeu Soraya como representante de uma escola que o dedicara flores, o ditador teria se interessado e passado a mão nela – o que, segundo a moça, era um sinal dele para sua equipe.

No dia seguinte, guardas do governo – Comitê da Revolução – buscaram a garota no salão onde sua mãe trabalhava. A levaram de lá para o Bab al-Azizia, a sede do poder em Trípoli, onde ela se tornou uma das várias escravas do harém de Kadhafi. Segundo Cojean, os abusos foram uma das várias estratégias de guerra usadas pelo Chefe da Revolução para a manutenção de seu poder.

Soldado gaddafista em quartel-general de al-Azizia, sede do poder do ditador / Crédito: Getty Images

Entre as práticas perversas nos porões de Trípoli, Soraya, conforme repercutido pelo O Globo em 2012, destacou o hábito do ditador de estuprar jovens virgens para mantê-las reféns nos anos seguintes.

Em entrevista à Veja no ano de 2012, a autora foi questionada se a família da vítima não desconfiava do que acontecia durante o seu 'trabalho'. 

"No início, eles não viam com essa clareza. Mas quando sua mãe foi visitá-la na residência de Bab al-Azizia, tudo ficou transparente. Claro que havia rumores sobre garotas que desapareciam repentinamente na Líbia, mas acredito que os líbios não tinham noção do que se passava lá dentro, a não ser que tivessem uma relação próxima com os membros do regime. A verdade é que era difícil descobrir o que as pessoas de fato sabiam sobre os crimes sexuais de Kadafi. Ninguém falava sobre isso ou dava explicações em nenhuma circunstância, pois viviam numa verdadeira ditadura. As pessoas vigiavam seus próprios vizinhos. O pai de Soraya, angustiado com a sorte de sua filha, não ousava ir à polícia, que era corrupta e estava às ordens do regime. Eles acabariam todos na prisão", relatou ela ao veículo em 2012.

Também praticava sexo com jovens de sua guarda pessoal como maneira de destacar o seu poder, recrutava mulheres do exterior, abusava de violência em seu harém, obrigava suas mulheres a usarem drogas e se esforçava para seduzir mulheres de todo o mundo (como advogadas, embaixadoras, filhas de ministros, etc.).

“Muamar Gaddafi destruiu a minha vida”, resumiu a jovem. Somente com o seu relato, foi possível averiguar essas bizarras práticas que ocorriam no al-Azizia. “Descobri que centenas de jovens foram sequestradas por uma hora, uma noite, uma semana ou por anos, e obrigadas, pela força ou pela chantagem, a se sujeitar às fantasias e violências sexuais de Kadafi”, escreve Cojean conforme repercutido pelo O Globo em 2012.

Kadhafi ainda usava a imagem dessas mulheres, apropriadas como “amazonas árabes”, na propaganda de seu governo, acobertando a realidade inescrupulosa. Alguns soldados do tirano descreveram os crimes sexuais contra menores de idade, comandados pelo ditador.

Violem, batam e filmem! Vamos enviar isto para os homens delas. Sabemos como humilhar esses imbecis”, eram as ordens dos oficiais, que davam até viagra para os soldados estarem dispostos aos abusos.


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O harém de Kadafi: A história real de uma das jovens presas do ditador da Líbia, de Annick Cojean - https://amzn.to/2R3BFM7

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