Em muitas de suas produções — das telas, aos textos — o pintor surrealista assumiu diversas polêmicas, incluindo seu interesse por cadáveres
Pamela Malva Publicado em 29/02/2020, às 12h30 - Atualizado às 18h00
O nome de Salvador Dalí já esteve envolvido em diversas polêmicas. De obras falsificadas, até casos nos quais bateu em mulheres, o artista surrealista tem uma lista de escândalos por trás de suas obras mundialmente conhecidas.
Uma dessas polêmicas, se não a maior, é a afirmação de que o pintor seria necrófilo e, portanto, interessado por cadáveres. Em muitas de suas obras, inclusive, Dalí representa seu gosto mórbido por imagens figurativas, que não chamariam tanta atenção.
Em fotos, no entanto, o lado necrófilo do surrealista aparece com mais vigor. Rostos de pessoas mortas, crânios e cadáveres de animais são alguns dos protagonistas mais frequentes em seus cliques. Enquanto uma foto mostra um cadáver exumado, em decomposição, outro registro conta com burros mortos apodrecendo em cima de um piano de cauda.
Dalí ainda adiciona formigas devorando cadáveres em muitas de suas pinturas. A escolha é uma clara referência ao episódio de infância no qual o artista mordeu um morcego morto, coberto pelos insetos.
Por fim, o surrealista produziu a imagem conhecida como Manequim apodrecendo em um táxi. A foto mostra o rosto inchado e o peito de uma garota aparentemente morta, com caracóis rastejando pelo seu corpo.
Segundo a Biblioteca George Orwell, o próprio Salvador Dalí admitiu livremente seu interesse em cadáveres. Logo em seguida, no entanto, ele afirmava ter sido curado da condição de necrófilo. “Deveríamos ser capazes de manter na cabeça simultaneamente os dois fatos de que Dali é um bom desenhista e um ser humano nojento”.
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