Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Curiosidades / Europa

Inimigo inusitado: Quando coelhos puseram Napoleão para correr

Em 1807, um invencível Napoleão encontrou adversários à altura. E bateu em retirada

Fábio Marton Publicado em 18/08/2019, às 08h00 - Atualizado em 19/11/2021, às 08h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Montagem de Napoleão cercado por coelhos - Divulgação
Montagem de Napoleão cercado por coelhos - Divulgação

Naquele mês de julho de 1807, o imperador estava em um ótimo humor. Havia acabado de assinar os Acordos de Tilsit com a Prússia, consolidando suas vitórias e dando início a um período de (precária) paz no continente. 

Para celebrar, ele propôs um de seus passatempos favoritos: uma caçada a coelhos. Coube a um de seus maiores generais, Louis-Alexandre Berthier, organizar o evento. 

Após a assinatura dos Acordos de Tilsit / Crédito: Wikimedia Commons

Uma propriedade nos arredores de Paris parecia perfeita para uma tarde de disparos contra bichos fofinhos. Exceto por um detalhe: não tinha coelhos. Berthier não se fez de rogado e adquiriu no mercado uma quantidade exorbitante deles, de forma que, não importa para onde olhasse, Napoleão teria um felpudo para exterminar. Até 3 mil, de acordo com alguns relatos.

Os coelhos foram soltos na propriedade, mas demonstraram mais disciplina militar que o esperado. No lugar de se dispersarem, como civis desesperados, foram se aglomerando num bloco coeso, como guerreiros espartanos. Assim que o imperador desceu de seu coche, foi cercado por essa tropa, que passou a atacá-lo, tentando subir em suas pernas. 

De nada adiantaram as manobras de esquiva, esperneio e até ataques com paus e chicotes. Os coelhos não arredavam de Napoleão. Cercado por todos os lados e em séria desvantagem numérica, o general tomou a decisão estratégica mais sensata e bateu em retirada — mas uma retirada em ataque, atirando xingamentos, chutes e coelhos pelo caminho e da janela do coche.

O erro de Berthier foi comprar coelhos domésticos e não selvagens, como os usados em caçadas. Eles acharam que Napoleão era um de seus tratadores — e que, quem  sabe, sua famosa mão na barriga escondia um irresistível maço de cenouras. 

A história seria repetida às gargalhadas pelos oficiais franceses até a derrota do imperador para um exército bem menos meigo em Waterloo, 8 anos depois. Napoleão não achou graça nenhuma e amaldiçoou até o fim da vida seu general pela humilhante derrota.


+Saiba mais sobre o tema através da obra abaixo, disponível na Amazon Brasil:

Blundering to Glory: Napoleon's Military Campaigns (Edição em Inglês), de Owen Connely (1999) - https://amzn.to/3qLzUF3

Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.

Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp 

Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/2yiDA7W