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Curiosidades / Idade Moderna

Existe uma diferença entre piratas, corsários e bucaneiros?

Versão marítima dos saqueadores que atacam caravanas comerciais, os ladrões dos mares existem desde o início das navegações

Danila Moura Publicado em 22/11/2019, às 08h00 - Atualizado em 05/06/2022, às 06h00

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Cena de Piratas do Caribe, filme de 2011 - Divulgação
Cena de Piratas do Caribe, filme de 2011 - Divulgação

No fundo, no fundo, todos são piratas. Corsários e bucaneiros são, portanto, tipos de piratas. Versão marítima dos saqueadores que atacam caravanas comerciais, esses ladrões dos mares existem desde o início do comércio. Os mais antigos registros vêm dos gregos: em 730 a.C., eles já pilhavam navios fenícios e assírios, segundo relatos de Homero na Odisséia.

Porém, a imagem que temos hoje dos piratas é a dos bandidos europeus dos séculos 17 e 18. Nessa época, a exploração das colônias na América e na África havia se tornado a principal atividade econômica mundial. Uma fortuna em ouro, prata, madeira, escravos e marfim, entre outras coisas, atravessava o Atlântico todos os anos.

E é aí que aparecem os corsários. Países que não tinham suas próprias colônias (ou as tinham em número insuficiente para proporcionar grandes lucros), como Inglaterra, França e Holanda, incentivavam os ataques aos navios de outros países.

Para dar um ar oficial a esses atos de sabotagem, eles usavam a Carta do Corso, documento que liberava um capitão de navio e sua tripulação a perseguir e atacar qualquer embarcação que levasse a bandeira de um país inimigo. O saque deixava de ser crime, tornando-se atividade legal e tributável – desde que fosse em cima dos outros.

Bucaneiros, outro nome utilizado para esse tipo de atividade, é a forma como eram chamados os piratas franceses que aportaram na ilha de Hispaniola, atual Haiti, por volta de 1600. O nome vem do termo francês bucan, que designava a grelha com a qual defumavam carne.

Esses piratas logo se apossaram da então colônia espanhola e criaram suas próprias regras, sem obedecer a ninguém – o que acabou atraindo gente de todo tipo, incluindo ex-presidiários, escravos fugitivos e perseguidos da Inquisição Católica.

Os bucaneiros foram expulsos em 1620, quando a Espanha resolveu dar um basta no que já estava se transformando em uma verdadeira terra de ninguém. Os piratas franceses escolheram então a ilha de Tortuga como novo destino. Lá, continuaram a praticar a pirataria, tendo as embarcações espanholas como alvo predileto. Toda a região das Antilhas ficou famosa pela violência bucaneira.