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Curiosidades / Estados Unidos

“Sobrevivemos, mas foi por pouco”: a — quase — tragédia da missão Apollo 13

Às pressas, os astronautas tiveram de improvisar soluções e buscar respostas para perguntas jamais feitas antes

Coluna/ M.R. Terci Publicado em 05/03/2021, às 12h00

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Tripulação da  Apollo 13 - Divulgação/NASA/Wikimedia Commons
Tripulação da Apollo 13 - Divulgação/NASA/Wikimedia Commons

"Houston, we've had a problem here.” Em 13 de abril de 1970, o comandante James Lovell e mais dois astronautas sentiram o módulo lunar sacudir após a explosão que parecia, no vácuo espacial, apenas uma porta batendo.

A fatalidade se ergueu das profundezas abissais, às vistas para as altitudes de onde se pendurava o aclamado projeto espacial norte-americano. E quis a danada, como bom estraga-prazeres que era, que o orgulho humano fosse recompensado com a máxima fatalista: “Sois pó”.

O lançamento da Apollo 13 foi feito no dia 11 de abril. Além do comandante, fazia parte da tripulação o piloto do módulo lunar, Fred W. Haise, e o piloto de comando da missão, John Swigert.

Durante os primeiros dois dias tudo correu conforme o planejado. Era um dos voos mais tranquilos já feitos pelo celebrado programa, a ponto de um dos comunicadores de plantão mencionar que estava morrendo de tédio – provavelmente a última vez que alguém disse algo semelhante no Centro de Controle da Missão.

Após cerca de 55 horas, o tanque de oxigênio número 2 explodiu, causando uma falha catastrófica no tanque número 1. O colapso do oxigênio daria início a quase 110 horas de agonia, durante as quais a nave constantemente ameaçaria se extraviar no éter.

O trio da Apollo 13 após a missão / Crédito: Divulgação/NASA/Wikimedia Commons

A mais de 320 mil quilômetros da Terra, Swigert, o piloto do módulo de comando, emitiu a icônica mensagem ao centro de Controle da Missão: “Houston, we've had a problem here”. Em terra, um plano de contingência emergencial foi traçado às pressas. A equipe ia ter que usar o módulo lunar para voltar.

E ele não era apenas um meio de retorno: era também o único lugar com oxigênio suficiente para os três astronautas. Para improvisar soluções, anos de preparo seriam postos de lado e novos testes teriam de ser feitos às pressas em simuladores da Nasa.

Os astronautas buscavam respostas para perguntas jamais feitas. E qualquer incorreção resultaria em morte da tripulação. Era preciso saber, por exemplo, em que altitude a cápsula poderia se desprender para que eles pudessem voltar para casa em segurança e o mais rápido possível.

Também tiveram de fazer gambiarras nos sistemas da nave para reduzir os níveis de gás carbônico. A cápsula, construída para suportar apenas 45 horas dos rigores espaciais, teria de aguentar o total de 90 horas para voltar à Terra com quase todos os sistemas elétricos desligados.

O oxigênio foi suficiente, mas a água acabou muito antes do estipulado e, sem aquecimento elétrico, os três astronautas quase congelaram. Horas depois, uma bola de fogo rasgou os céus do Oceano Pacífico a 40 mil quilômetros por hora.

Um violento abraço de boas-vindas quase desmantelou o módulo salva-vidas, quando o atrito com o ar conteve, violentamente, a sua precipitada queda e, finalmente, a 3 mil metros, os paraquedas se abriram.

“Sobrevivemos, mas foi por pouco”, contou James Lovell oportunamente. A Apollo 13 foi considerada pelo seu comandante como uma “falha bem-sucedida”. Uma falha que custou US$ 375 milhões à Nasa.


M.R. Terci é escritor e roteirista; criador de “Imperiais de Gran Abuelo” (2018), romance finalista no Prêmio Cubo de Ouro, que tem como cenário a Guerra Paraguai, e “Bairro da Cripta” (2019), ambientado na Belle Époque brasileira, ambos publicados pela Editora Pandorga.


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