O feto só foi retirado quando a mãe tinha 92 anos, no fenômeno raro conhecido como "Criança de Pedra"
Daniela Bazi Publicado em 06/03/2020, às 08h00
A chinesa Huang Yijun, engravidou quando tinha 31 anos, em 1948. Entretanto, durante a gestação, acabou descobrindo que seu filho havia morrido por não ter aderido ao útero, causando uma gravidez abdominal - quando a criança não adere ao útero da mulher.
Em casos de gestações do tipo, o corpo normalmente consegue se livrar do feto de forma natural. Entretanto, por ser muito grande, o caso foi completamente diferente com Huang Yijun, sendo necessário uma cirurgia para a retirada do bebê.
Todavia, Huang não tinha dinheiro para realizar a operação. "Era uma quantia enorme na época - mais do que toda a família ganhou em vários anos, então eu não fiz nada e o ignorei", contou a mulher quando procurada pela mídia em 2009. Yijun seguiu normalmente com sua vida, até começar a sentir fortes dores causadas pelo feto morto em sua barriga.
Por ter sido impossibilitado de nascer, o corpo da mãe, como uma forma de autoproteção contra a decomposição, desenvolveu uma camada calcificada em torno do feto, que endureceu ao passar do tempo, o tornando num “bebê de pedra”.
Fenômenos como esse são chamados de litopédio, ou Criança de Pedra, com cerca de 300 casos já registrados ao redor do mundo, sendo o de Zahra o que passou mais tempo dentro do ventre da mãe. Em 2009, aos 92 anos, ela finalmente teve a oportunidade de retirar o feto, após 60 anos em sua barriga.
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