Criada pelo "pai da ficção científica", a intrigante invenção tinha uma aparência estranha e ficou conhecida como Isolador
Victória Gearini Publicado em 22/11/2020, às 09h00 - Atualizado às 09h23
Com as redes sociais e a correria do dia é quase impossível manter o foco em alguma determinada atividade, mas já pensou se existisse um dispositivo capaz de ajudá-lo a manter a concentração? Esse é o caso do capacete anti-distração, inventado por Hugo Gernsback, em meados de 1925.
O capacete anti-distração
Criado pelo escritor, editor e inventor Hugo Gernsback, há mais de 90 anos, o Isolador era uma espécie de capacete anti-distração. Feito de madeira sólida, o acessório tinha como objetivo isolar barulhos externos, além de limitar o campo de visão, oferecendo apenas uma pequena lente de vidro ao usuário.
Com o equipamento, as pessoas poderiam ter acesso a apenas uma pequena fração de sua vista, podendo ler um papel ou uma página. Com um designer bizarro, o Isolador era ligado a uma garrafa de oxigênio, já que não possibilitava a entrada de ar no interior.
Apesar da estranha aparência do dispositivo, Hugo Gernsback demonstrou, na época, que sua invenção era, de fato, eficiente. Para se concentrar durante suas produções literárias, acredita-se que o escritor tinha o costume de utilizá-lo. Considerado o “pai da ficção científica”, o autor foi responsável por outras importantes produções.
Quem foi Hugo Gernsback?
Nascido em 16 de agosto de 1884, Hugo Gernsback era de origem luxemburguesa-americana. Provindo de uma família judia, o inventor migrou para os Estados Unidos em 1904, se naturalizando no país. Já em 1925, foi responsável por fundar a estação de rádio WRNY, que era transmitida no Roosevelt Hotel, em Nova York.
Pioneiro no rádio amador, Gernsback também foi empresário da indústria eletrônica, importando peças de rádio da Europa para os Estados Unidos. Além disso, ele fundou a primeira revista do mundo sobre eletrônicos e rádio, chamada Modern Electrics.
Como escritor, é considerado o precursor do gênero moderno de ficção científica, sendo o fundador da primeira revista sobre o tema, a Amazing Stories. A primeira edição consistia em um editorial de uma página, além de textos de grandes escritores, como Edgar Allan Poe, Júlio Verne e Herbert George Wells.
Ao longo de sua vida, Hugo Gernsback foi amplamente homenageado devido às suas invenções e produções científicas. Em 1954, o autor recebeu o título de Oficial da Ordem da Coroa de Carvalho de Luxemburgo. Já em seus últimos anos de vida, foi contemplado com um prêmio especial como "O Pai da Ficção Científica em Revista".
Devido a idade avançada, no dia 19 de agosto de 1967, Hugo Gernsback veio a falecer. Ele tinha 83 anos de idade e estava recebendo um tratamento especial no Hospital Roosevelt, que fica localizado na cidade de Nova York.
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