No dia 9 de agosto de 1969, a Família Manson se tornou responsável por um dos casos mais chocantes e violentos da história
Isabela Barreiros Publicado em 29/05/2020, às 09h00
1. O lunático
A mente perturbada por trás do brutal crime foi Charles Manson. Criador da Família Manson, como eles se autodenominavam, ele se tornou uma espécie de guru que liderava a comunidade hippie. Eles eram influenciados por ideias apocalípticas de guerra racial, além de uma notável psicopatia.
Ele foi tão influente que conseguiu convencer dezenas de pessoas a cometerem assassinatos com o máximo de crueldade possível. O grupo se encontrava no rancho Spahn Ranch, na Califórnia, palco de orgias regadas a ácidos e da organização dos crimes.
2. O dia anterior
No dia 8 de agosto de 1969, a uma semana do lendário Festival de Woodstock e um dia antes do crime que chocou o mundo, Charlie Manson decidiu que havia chegado o dia de Helter Skelter. Essa era uma ilusão profética totalmente alucinada do líder da Família Manson, baseada em uma música do beatle Paul McCartney.
A consequência dessa decisão era, simplesmente, mortífera: ele juntou alguns dos seus ajudantes de confiança e deu uma faca a cada um. O objetivo se tornara assassinar todas as pessoas que estivessem dentro da mansão da Cielo Drive 10 050. Lá, estava hospedado o casal Sharon Tate e Roman Polanski. Ela era uma atriz em ascensão e ele um famoso diretor de Hollywood.
3. O crime
Eles chegaram à residência no início da madrugada do dia 9 de agosto de 1969. Cortaram os fios de telefone e pularam o portão, mas a primeira vítima não foi totalmente planejada. Steven Parent estava tentando vender um rádio-relógio ao caseiro e estava de saída quando cruzou com o bando. Foi assassinado por estar no lugar errado na hora errada.
Logo depois, o grupo entrou pelos fundos da casa e rendeu todas as pessoas que estavam presentes — além de Sharon Tate, Wojciech Frykowski, Abigail Folger e Jay Sebring também estavam na mansão e sofreram as consequências disso.
4. Violência
A brutalidade exorbitante marcou o crime cometido nos Estados Unidos. Grávida, Tate foi impiedosamente esfaqueada pela representante de Manson Susan Atkins, que ficou conhecida como a mulher que matou a atriz. Os outros presentes ou foram mortos da mesma maneira ou levaram tiros.
A sala da residência se tornou um ambiente macabro. Com uma toalha cobrindo a cabeça, jazia um dos mais prestigiados cabeleireiros da capital do cinema, Jay Sebring. Ao olhar o teto, você veria uma viga que segurava uma corda. Na outra ponta, estava Tate, completamente imersa em sangue.
5. Repercussão
O caso se tornou um dos crimes mais chocantes de Hollywood, sendo até hoje relembrado por sua violência e falta de sentido. Todos os responsáveis pelos assassinatos, Atkins, Krenwinkel, Manson, Van Houten e Watson foram condenados à pena de morte pelas ações, mas a Suprema Corte da Califórnia poupou a vida deles e outros presos em 1972.
No entanto, eles receberam a condenação de prisão perpétua. Atkins e Manson morreram encarcerados, enquanto os outros permanecem presos e recorrendo à liberdade condicional, que ainda está sendo negada pela justiça.
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