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Curiosidades / Personagem

O que aconteceu com a múmia de Nefertiti?

Nefertiti se tornou sacerdotisa de uma nova religião e foi adorada como deusa, todavia, os seus restos mortais ainda representam um mistério

Redação Publicado em 13/09/2020, às 10h00

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Representação de Nefertiti - Divulgação - Aventuras na História
Representação de Nefertiti - Divulgação - Aventuras na História

Um dos maiores mistérios da tão misteriosa vida e Nefertiti é o paradeiro de sua múmia. Uma egiptóloga americana, Joann Fletcher, especialista no estudo de perucas egípcias (parece bobagem, mas os apliques de cabelo são uma forma importante de identificar as múmias, já que resistem bem à decomposição), fez o maior barulho entre os estudiosos em setembro de 2003 ao afirmar que havia encontrado a tumba
da rainha.

Acabou desmentida em alto e bom som. Com uma equipe do canal de televisão Discovery a tiracolo, Joann Fletcher apontou uma tumba do Vale dos Reis, identificada como KV35, como a que guardava o corpo de Nefertiti. De acordo com ela, traduções de textos e algumas imagens dos três corpos guardados na KV35 a fizeram pensar que Nefertiti estava lá.

O busto da rainha /Crédito: Getty Images

Além disso, a KV35 guarda corpos de tumbas saqueadas – situação da antiga tumba
da esposa de Akhenaton. Outra pista apontada pela especialista em cabelos da Antiguidade era justamente a peruca usada por Nefertiti. Uma peruca parecida com as usadas pelas mulheres da realeza foi encontrada ao lado de uma múmia mutilada em 1898, pelo pesquisador francês Victor Loret. E uma das três múmias da KV35 era exatamente a mutilada.

Segundo Joann Fletcher, o fato também seria um indício de que aquela era Nefertiti: a múmia da rainha teria tido seu rosto destruído como vingança pelos seguidores do deus Amon-Ra. Para os egípcios, a destruição do rosto é um sacrilégio e significa, além do fim da beleza, a proibição do acesso pós-morte.

Fletcher visitou duas vezes a tumba KV35. Da segunda vez, levou consigo uma equipe de especialistas em radiografia, para tentar provar sua teoria. Para as câmeras da TV, Joann mostrou os dois furos em uma das orelhas da múmia, hábito das mulheres da realeza.

Múmia da Jovem Dama / Crédito: Wikimedia Commons

A pesquisadora saiu da KV35 com a certeza de que a múmia encontrada era Nefertiti. A comunidade mundial de egiptólogos se manifestou prontamente. Uma das respostas mais contundentes veio de Zahi Hawass, então secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades Egípcias – ele proibiu o acesso de Joann Fletcher ao patrimônio histórico do Egito.

E justificou num artigo no jornal Al-Ahram: a pesquisadora havia descumprido o acordo
de comunicar qualquer descoberta à organização egípcia em primeiro lugar. “Indo
primeiro à imprensa com o que ela considerava uma grande descoberta, a doutora Fletcher quebrou o acordo”, escreveu.

Para ele, a americana não se baseou em evidências e provas, e sim em semelhanças faciais. Hawass foi além: encomendou um raro teste de DNA na múmia atribuída à rainha Nefertiti. O resultado foi devastador, ao menos para a tese de Joann Fletcher. O corpo mutilado da KV35 era de um homem. 

Novas suspeitas

No começo do ano, uma pesquisa revelou uma câmara escondida próxima a tumba do rei Tutancâmon, que pode conter os restos perdidos de Nefertiti, uma das mais poderosas rainhas do Egito Antigo. A alegação foi feita por uma equipe de arqueólogos liderada pelo ex-ministro egípcio de antiguidades, Mamdouh Eldamaty, que encontraram uma sala próxima ao complexo funerário do faraó no Vale dos Reis, no Egito.

O recinto foi encontrado dentro do leito rochoso a alguns metros a leste e na mesma profundidade da câmara de Tutancâmon. Os pesquisadores não sabem se o novo espaço está fisicamente conectado ao túmulo do faraó, mas dizem que o fato dele ser perpendicular ao espaço principal sugere que existe uma conexão. Até agora, não foram divulgadas novidades a respeito das investigações.


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