Obra Os bebês de Auschwitz, de Wendy Holden relata a história real de três judias prestes a darem a luz, em um dos maiores campos de concentração da História
Victória Gearini Publicado em 29/11/2019, às 21h00 - Atualizado em 27/01/2022, às 13h43
"Os bebês de Auschwitz", de Wendy Holden, conta a história de Priska, Rachel e Hanka, três jovens judias que chegaram grávidas no campo de concentração de Auschwitz, em 1944. Além de relatar as experiências pessoais dessas mulheres, a obra denuncia as atrocidades cometidas no período da Segunda Guerra Mundial.
Antes da eclosão da Segunda Guerra, quando Hitler começou a impor restrições aos judeus, as três jovens viveram seus primeiros amores e se casaram, mesmo sob as ameaças do avanço Reich. Priska e Tibor, Rachel e Monik, e Hanka e Bernd, sonhavam em construir suas famílias e tinham esperanças pelo fim da guerra.
Os casais viram suas vidas mudarem por completo quando, em 1944, foram enviados para Auschwitz. Longe de suas famílias e prestes a darem a luz, as mulheres encontraram forças na companhia uma da outra. A obra relata os trabalhos forçados que as grávidas foram submetidas e a esperança de conhecerem seus filhos.
Separadas de seus maridos, elas eram vistas com desconfiança pelas outras pessoas, mas receberam ajudas inesperadas. Debilitadas e fragilizadas, Priska e Tibor, Rachel deram a luz a seus bebês dentro do campo de concentração. Em condições insalubres, as crianças pesavam menos de um quilo.
Lançada pela Editora Globo Livros, em 2015, a obra reúne entrevistas, cartas e diários que detalham as atrocidades da guerra, mas mostra como pequenos gestos salvaram vidas. Em um relato comovente, a escritora Wendy Holden acompanhou o reencontro, após 70 anos, de Eva, Mark e Hana, os três bebês sobreviventes do Holocausto.
