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Curiosidades / Personagem

Um ditador isolado: A solitária vida social de Adolf Hitler

Lançado em novembro 2020, 'Personagens do Terceiro Reich', de Rodrigo Trepach, revela detalhes sobre a intimidade do ditador

Rodrigo Trespach - Personagens do Terceiro Reich Publicado em 26/09/2021, às 10h00 - Atualizado em 03/06/2022, às 06h00

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Fotografia de Hitler ao lado de Eva Braun - Bundesarchiv/ Creative Commons/ Wikimedia Commons
Fotografia de Hitler ao lado de Eva Braun - Bundesarchiv/ Creative Commons/ Wikimedia Commons

Desde que tornou-se o Führer, Adolf Hitler teve de se acostumar com uma vida pública, já que estava constantemente sob os holofotes. O problema é que o ditador tinha pouca ou nenhuma perícia no trato com pessoas. Um de seus biógrafos, inclusive, chegou a afirmar que ele era uma “não pessoa”, alguém que não teve vida privada.

Hitler, de fato, tinha uma rotina diária bastante frenética e, por isso, o contato com as pessoas era limitado a um pequeno círculo de serviçais e personalidades que estavam ligadas a ele por laços políticos. Sua “casa”, o Berghof, nos Alpes, era frequentada por poucas pessoas, salvo os principais líderes do Partido Nazista.

Ainda assim, mesmo nomes proeminentes, como Ribbentrop e Rosenberg, que estavam junto com Hitler desde o começo, nunca compartilharam de sua intimidade. Durante os chamados “anos de luta”, antes da chegada ao poder, suas companhias frequentes eram nomes de reputação duvidosa, como Christian Weber, um leão de chácara de bares e negociantes de cavalos, e o açougueiro Ulrich Graf.

Ele foi melhorando o grupo à medida que sua influência crescia. Ernst Hanfstaengl era filho de um editor de livros, e foi quem apresentou Hitler à alta sociedade. Rudolf Hess era filho de um empresário e Emil Maurice, seu primeiro motorista, era um ex-relojoeiro que caiu em desgraça após a descoberta de sua ancestralidade judaica e de se relacionar com o grande amor de Hitler, a sobrinha Geli Raubal.

Max Amann, Fritz Wiedemann, Julius Schaub, Wilhelm Brückner e Heinrich Hoffmann também faziam parte do grupo mais próximo de Hitler, frequentadores da cervejaria Bürgerbräukeller, dos cafés Heck e Neumaier e dos restaurantes Bratwurstgloeckl e Osteria Bavaria, que servia comida italiana, em Munique. Mais tarde, também do luxuoso hotel Vier Jahreszeiten.

No período imediatamente pré-guerra, o grupo de servidores de Hitler sofreu alterações. Angela Raubal, sua meia-irmã e administradora do Berghof, foi dispensada. O serviçal Karl Krause foi despedido e seu motorista Julius Schreck morreu de meningite.

Hanfstaengl, chefe do Escritório de Imprensa Estrangeira, fugiu para a Inglaterra em 1937. Wiedemann, que durante a Primeira Guerra fora capitão e superior de Hitler e era seu ajudante pessoal, foi transferido em 1939 para o Consulado Geral alemão em San Francisco, nos Estados Unidos, após seu envolvimento com a princesa Stephanie von Hohenlohe, supostamente de família judia.

E Brückner, que era o principal ajudante de ordens de Hitler, foi substituído por Schaub. Se o acesso ao Führer era difícil nos anos 1930, com a Segunda Guerra, além dos líderes do partido, apenas o Alto-Comando da Wehrmacht tinha permissão para se aproximar ou se manter junto dele. E depois do atentado a bomba, na Toca do Lobo, em julho de 1944, somente uns poucos oficiais.

Além desses, Hitler tinha na intimidade um grupo de trabalho e de serviçais que faziam parte de sua “família”. Esse grupo era pequeno, bastante jovem e distinto, mas muitos deles se mostrariam mais fiéis a ele do que os companheiros políticos ou líderes militares: Julius Schaub, Otto Günsche, Heinz Linge, Albert Bormann e Hans Junge (que casou com Traudl Humps em 1943 e morreu um ano depois, em combate na França) eram seus ajudantes pessoais.

Johanna Wolf, conhecida por “Wolferl”, Christa Schroeder, Gerda Daranowski, a “Dara”, e Traudl Humps (mais conhecida como Traudl Junge) eram suas secretárias; Hans Baur servia como piloto particular, Georg Betz, como copiloto ou como  piloto reserva e Erich Kempka, como motorista; Constanze Manziarly, uma jovem austríaca, filha de pai grego, servia como nutricionista e cozinheira; e Arthur Kannenberg servia como gerente-geral das residências do Führer.

Hitler tinha ainda como assessores militares Friedrich Hossbach (Exército), Karl-Jesko Otto von Puttkamer (Kriegsmarine) e Nicolaus von Below (Luftwaffe).


Personagens do Terceiro Reich

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Capa da obra Personagens do Terceiro Reich, de Rodrigo Trespach /Crédito: Editora 106

Rodrigo Trespach é autor de "Personagens do Terceiro Reich ― A história dos principais nomes do nazismo e da Alemanha na Segunda Guerra Mundial".

Em uma nova abordagem, o autor revela detalhes de um dos tempos mais sombrios da História, a partir da biografia de diversas pessoas cujas trajetórias se cruzaram neste período.

Da ascensão do regime nazista até a vitória dos Aliados, Trespach revela os principais nomes que possuíam relação ― direta ou indiretamente ― com o Terceiro Reich. 

Dentre os personagens citados é possível encontrar: Goebbels, a cabeça da propaganda nazista; Himmler, o líder da SS; Mengele, o sádico médico; Keitel, o conselheiro; Bonhoeffer, o teólogo da resistência; e Stauffenberg, o oficial antinazista. 

Trespach explica, ainda, fatos poucos mencionados nos livros de História, como o uso de trabalho escravo por parte de empresas alemãs, durante o regime nazista na Alemanha.


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*O trecho acima foi extraído da obra Personagens do Terceiro Reich, com autorização da Editora 106.