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Curiosidades / Reino Unido

Por que a monarquia britânica sobrevive até hoje?

Mesmo com o passar dos anos, os Windsor continuam sendo adorados por inúmeras pessoas ao redor do mundo

Daniela Bazi Publicado em 19/03/2020, às 18h00

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Elizabeth II e seu marido, o príncipe Philip, no dia de sua coroação - Getty Images
Elizabeth II e seu marido, o príncipe Philip, no dia de sua coroação - Getty Images

Em um mundo onde os governos monárquicos são cada vez menores, a monarquia britânica ainda se mantém firme no trono, e carrega o título de família real mais popular de todo o planeta. Com o passar dos anos, inúmeros países ao redor do planeta acabaram destituindo seus reis e rainhas, menos no Reino Unido. Então, como os Windsor e seus antecessores conseguiram sobreviver?

Segundo um artigo publicado em 2016 pela biógrafa e comentarista de assuntos reais, Sarah Gristwood, podem existir duas teorias. A primeira diz que Elizabeth II e seus familiares são uma representação viva da história e tradição de toda Grã-Bretanha, demonstrando “o caso de amor da nação com seu passado”.

Por outro lado, a segunda hipótese — e a mais aceita — feita por especialistas e historiadores do tema, diz que a receita para a sobrevivência da monarquia britânica é a sua capacidade de adaptação aos novos tempos sempre que for necessário. Gristwood ainda acrescenta em seu artigo dizendo que a conexão com os jovens também é o que mantém a popularidade dos Windsor sempre em alta.

Família real britânica durante o batizado do príncipe Louis / Crédito: Matt Holyoak/Divulgação/Twitter

Como exemplo de sua ligação com o público mais novo, podemos citar a rainha Elizabeth fazendo sua primeira publicação no Twitter, quando ela se juntou com seu neto, o príncipe Harry, para fazer uma brincadeira com a família dos Obamas, ou sobre a sua entrada nos Jogos Olímpicos de Londres de 2012 em que ela “participou” do filme de James Bond e uma atriz entrou na arena de paraquedas representando a monarca.

Também entre algumas das mudanças feitas pela família real britânica, está a do sobrenome da família feita em 1917. Na época, eles se chamavam Saxe-Coburg e Gotha, e precisaram alterar o nome pelas incessantes críticas do povo sobre a ligação da realeza com os alemães. Desde então, passaram a ser a Casa de Windsor, com nome tipicamente britânico. 

No mesmo ano, monarquias de países como Turquia, Alemanha e Áustria-Hungria acabaram caindo devido a Primeira Guerra Mundial. Ainda na primeira metade do século 20, mais quatro países perderam seus reis e rainhas e passaram a ser republicanos. A Grã-Bretanha, no entanto, conseguiu atravessar as duas guerras e permanecer até os dias atuais com o governo monárquico parlamentarista. 

Rei George V e seus três filhos / Crédito: Getty Images

Proximidade com o povo

A tentativa de se manterem próximos ao povo pode ser a grande receita secreta dos britânicos. Os casamentos, por exemplo, por muito tempo eram privados e sem o acesso do grande público. Entretanto, Elizabeth e Philip quebraram essa antiga tradição e utilizaram das novas tecnologias da época para se tornarem o primeiro casal real a transmitir a cerimônia na rede televisiva. 

O mesmo aconteceu no dia da coroação da nova monarca que, novamente, se tornou a primeira a virar rainha ao vivo nas telas de todo o mundo. Desde então, o planeta já acompanhou em tempo real a união de diversos descendentes da monarca, como Charles e Diana, William e Kate e Harry e Megan. A esperança agora é poder acompanhar as luxuosas cerimônias de coroação dos próximos na linha de sucessão.

Mesmo em tempos de crises institucionais, como a morte de Lady Di que era a figura da realeza mais amada pelos britânicos e pelo público internacional, em 1997, a soberana acabou indo, novamente, contra os protocolos, ouvindo seus súditos e dando uma cerimônia de funeral tradicional para sua ex-nora, que havia perdido seu título de Sua Alteza Real e de membro dos Windsor assim que se separou de Charles. 

Diana e príncipe Charles no dia de seu casamento / Crédito: Getty Images

Segundo a historiadora e curadora-chefe do Historic Royal Palaces, Lucy Worsley, "Essa versatilidade é importante porque garante o futuro do reino, além de passar a imagem de uma monarquia moderna".

O pesquisador da história moderna britânica da Universidade de Cambridge, Andrew Thompson, também concorda com a afirmação e diz que "É uma tentativa da monarquia de não se mostrar uma estrutura tão engessada e prepará-la para o século 21". 

Com sua grande influência instaurada, o questionamento mantido por muitos ao redor do globo é se, algum dia, os Windsor deixarão o poder do Reino Unido e, pela primeira vez, a nação deixará de lado o antigo governo monárquico.


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