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Curiosidades / Astronomia

Por que Plutão deixou de ser planeta?

Entenda a razão pela qual o corpo celeste foi reclassificado como planeta anão em 2006 — e ainda hoje gera debate no meio científico

Alana Sousa Publicado em 14/07/2020, às 17h30

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Imagem de satélite de Plutão - NASA
Imagem de satélite de Plutão - NASA

Em  1 de maio de 1930, o planeta que havia sido descoberto após doze meses de observação, foi nomeado de Plutão. A sugestão do nome partiu de uma menina de 11 anos da cidade de Oxford, na Inglaterra, que recebeu cinco libras como recompensa. A nomenclatura faz homenagem ao deus romano do submundo, conhecido também por seu nome grego, Hades.

A descoberta de Plutão foi lenta, começou em 1906, quando Percival Lowell, fundador do Observatório Lowell, impulsionado pela, então recente, descoberta de Netuno, decidiu buscar um nono planeta — que por muito tempo ficou conhecido como Planeta X.

Com sua morte, a busca ficou parada por mais de duas décadas, até que o astrônomo Clyde Tombaugh reportou o incrível achado, em março de 1930.

Assim como o começo conturbado, a saga de Plutão passou por muitas reviravoltas, sendo considerado o nono planeta do Sistema Solar, depois retirado da lista dos corpos celestes principais e, finalmente, classificado como planeta anão. Até hoje, a questão gera polêmica entre a comunidade científica, que ainda enfrenta algumas discordâncias sobre o tema.

Plutão não é planeta

A posição de Plutão como planeta permaneceu por muito tempo, enquanto suas especificidades eram estudadas. Por se tratar de um objeto de localização tão longe da Terra, as análises ainda enfrentam grandes dificuldades: as sondas levam cerca de nove anos e meio de viagem interplanetária para alcançar seu destino.

Sabe-se que o planeta possui cinco luas em sua atmosfera, 2.370 km de diâmetro, sua superfície é repleta de relevos, que apresentam cadeias montanhosas, formadas por areia e gelo sólido de metano, 1 ano lá é o equivalente a 248 anos terrestres.  A atmosfera é composta por metano, monóxido de carbono, nitrogênio.

Imagem de Plutão registrada por sonda / Crédito: NASA

A ideia de Plutão como planeta estava resolvida, até que em 2006, aconteceu uma reviravolta importante. Por estar localizado no cinturão de Kuiper, alguns astrônomos começaram a questionar se ele deveria estar na mesma categoria que outros gigantes gasosos ao seu redor, como Júpiter e Urano.

Após muito debate — incluindo o questionamento se outros corpos parecidos com Plutão deveriam também ser considerados planetas, como Éris, que é menor, mas mais massivo —, a União Astronómica Internacional definiu características oficiais que deveriam ser cumpridas caso outra descoberta fosse feita.

Três delas são as principais: orbitar o sol; ter gravidade suficiente para ser esférico; e, por último, apresentar uma massa gravitacional dominante. A terceira condição foi qual Plutão reprovou. O planeta possui cinco satélites naturais, sendo que sua massa só é minimamente dominante, cerca de 0,07 vezes em relação aos outros em sua órbita. Em comparação, a Terra 1,7 milhões de vezes a massa dos outros objetos em nossa órbita. Com essas novas regras, Plutão foi reclassificado como planeta anão.

Polêmicas planetárias

A decisão gerou, novamente, controvérsia no meio astronômico. Alan Stern, cientista planetário e especialista em planetas afastados do Sistema Solar, afirmou que “a definição cheira mal, por razões técnicas”. Mike Brown, descobridor de Éris, alegou que “a ciência está se autocorrigindo eventualmente, mesmo quando fortes emoções estão envolvidas”. Em agosto de 2019, o diretor da NASA, Jim Bridenstine, falou à imprensa, em tom de brincadeira: “Só para vocês saberem, para mim, Plutão é um planeta”.

O público também não aceitou muito bem a mudança, organizando petições para realocar Plutão a posição de planeta. Autoridades governamentais rejeitaram a nova realidade, como os representantes do estado do Novo México que definiram 13 de março de 2007 como o dia de Plutão. Até hoje, todo dia 24 de agosto, é comemorado o Dia do Rebaixamento de Plutão, no qual apreciadores e estudiosos de todo o mundo trazem à tona a polêmica, mais uma vez.


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