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Curiosidades / Segunda Guerra

Schwerer Gustav: conheça a maior arma já usada em combate

O Schwerer Gustav foi uma das maiores armas de todos os tempos, mas foi pouquíssimo usado

Otávio Silveira Publicado em 01/08/2020, às 08h00

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O Reich analisando o equipamento - Wikimedia Commons
O Reich analisando o equipamento - Wikimedia Commons

Em 1935, a França anunciou sua mais nova realização militar: a Linha Maginot, um complexo de fortificações muito sofisticado na fronteira com a Alemanha, destinado a impedir que se repetisse a invasão ao país ocorrida na Primeira Guerra.

Os nazistas, no poder já havia dois anos, pensaram na resposta: construir um canhão que destruísse tal barreira. O resultado foi a maior arma já usada em combate, o Schwerer Gustav – ou Gustav Pesado. Ele tinha 46,3 metros de comprimento, 11,6 de
altura e pesava 1 350 toneladas – equivalente a 20 tanques superpesados Tiger II, os maiores da guerra.

A superarma não foi completada a tempo da invasão da França, em maio de 1940. Nem foi necessária: os alemães simplesmente invadiram a Bélgica e a Holanda e deram a volta na Linha Maginot, até hoje um dos maiores fracassos militares da História. Gustav e sua irmã gêmea, Dora, agiriam no Front Oriental. Gustav foi utilizado no Cerco de Sebastopol, em 1942, destruindo fortificações costeiras soviéticas.

Representação do Schwerer Gustav /Crédito: Wikimedia Commons

Quarenta e oito tiros foram disparados antes que o cano acabasse gasto e fosse mandado de volta à Alemanha. Dora foi levada a Stalingrado. Essa foi a maior batalha de toda a História, mas não se sabe ao certo se chegou a dar um único tiro.

A artilharia hiperpesada, porém, era um conceito tão ultrapassado quanto a Linha Maginot. Aviões podiam fazer o trabalho bem melhor, a menor custo e sem as complicações logísticas de um supercanhão.

Operação simples

Os projéteis eram trazidos pela ferrovia e içados por dois guindastes elétricos. A tecnologia acabava por aí: os soldados os empurravam até a base do canhão
em carrinhos, rolavam-nos com as mãos para a posição e os introduziam no canhão também manualmente, usando uma bucha.

Além disso, o canhão era desmontado para ser carregado em ferrovias comuns. Em carros separados iam a culatra, as duas seções do cano, a cobertura do cano, o munhão e a base, dividida pela metade, também em duas partes. Os carros de suporte iam direto nos trilhos. No total, o comboio tinha 25 carros e 1.500 metros de comprimento

Para o maior canhão da história, o Gustav era uma máquina relativamente simples. Era fixo na horizontal e só atirava para a frente. Para mirar, usava-se uma ferrovia curva – a
posição nos trilhos indicava a direção do alvo. Mesmo com balas tão potentes, não era necessário fixá-lo ao chão para proteger dos recuos. Era tão pesado que bastavam os freios das rodas, e ele mal se movia para trás ao atirar. Mas não parava aí.

Ferrovia da morte 

Com 32 metros de comprimento, o canhão podia disparar a cada 15 minutos, ainda que, em média, o mais comum fossem 14 disparos por dia. Pelo ângulo, os projéteis atingiam 12 quilômetros de altitude. Era possível atirar 300 vezes antes que a parte interna ficasse gasta e tivesse de ser mandada para a Alemanha para reparos. O ângulo de disparo era ajustado por motores elétricos.

O canhão tinha 80 rodas, divididas em quatro carrinhos com dez eixos cada um. A linha da qual a arma disparava não era a mesma pela qual chegava. Uma longa seção de duas linhas paralelas, com quatro trilhos cada, era construída no campo de batalha por uma equipe de 2.500 homens. Os trilhos internos eram para o canhão, o restante era usado para a grua com que era montado.


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