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Curiosidades / Ciência

Telepatia, camisa de força e serrote: a verdade por trás dos truques de mágica

Saiba mais como os maiores ilusionistas da História surpreenderam plateias, utilizando mecanismos sutis e simples

Victória Gearini Publicado em 29/11/2020, às 07h30 - Atualizado às 08h01

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Harry Houdini, famoso ilusionista - Wikimedia Commons
Harry Houdini, famoso ilusionista - Wikimedia Commons

Durante um espetáculo de mágica, em Paris, em 1863, uma plateia ficou escandalizada ao se deparar com o fantasma de uma mulher. O  número foi desenvolvido pelo holandês Henri Robin, que utilizou ilusão de ótica durante o espetáculo. 

A ciência por trás da mágica

Para realizar o truque, Robin utilizou um jogo de espelhos e lanternas, que projetou a imagem de uma pessoa escondida no subsolo. Embora o truque tenha surpreendido o público, esta não tinha sido a primeira vez que o mecanismo de ótica tinha sido utilizado durante um show. 

Por volta do século 17, o cientista Giambattista della Porta — inventor da câmera escura, que originou à máquina fotográfica — já havia descrito um procedimento de vidros espelhados. Na época, o especialista, disse que dependendo da maneira como os espelhos fossem iluminados, era possível causar uma ilusão de ótica.

No ano de 1862, o também cientista John Henry Pepper levou o experimento para o teatro, sendo a primeira exibição feita durante uma peça baseada na obra O Homem Mal-Assombrado, de Charles Dickens.

Fotografia publicitária para Henri Robin, em 1863 / Crédito: Wikimedia Commons

Henri Robin, portanto, não foi o primeiro mágico a utilizar a ciência ao seu favor. Elementos da física, química e psicologia, ainda hoje, são fatores recorrentes em famosos truques de mágicas. 

Desvendando os truques mais famosos

No século 17, virou moda enxergar a natureza a partir do ponto de vista mecânico. Neste período, popularizou-se a invenção de máquinas com engrenagens, manivelas e articulações. Um dos principais precursores foi Jean Eugène Robert-Houdin que construiu máquinas inovadores para época. O inventor, utilizou seus experimentos para aprimorar suas performances durante seus shows de mágica, que costumava apresentar sozinho.

Já o ilusionista Harry Houdini, estudou as leis da gravidade para arquitetar o famoso truque da camisa de força. Ao contrário do que muitos podem imaginar, os shows apresentados por Houdini, não passavam de pura ciência. 

Graças às leis da física e da anatomia humana, o ilusionista sabia que a força gravitacional o ajudaria a se soltar da camisa de força, enquanto estivesse pendurado de cabeça para baixo. Além disso, Houdini estudou fisiologia humana, para compreender quanto tempo aguentaria ficar preso dentro de um tanque de água.

 Retrato do inglês P. T. Selbit / Crédito: Wikimedia Commons

Anos mais tarde, em 1921, o inglês P. T. Selbit pesquisou o ponto exato que uma pessoa precisaria se contorcer dentro de uma caixa apertada, para ser supostamente serrada ao meio. Por anos, o misterioso truque intrigou o imaginário popular, sendo até hoje, um dos mais conhecidos entre os ilusionistas.

Os mágicos telepatas

Antes do primeiro laboratório dedicado a psicologia ser inaugurado em 1879, na Alemanha, algumas pessoas já se aventuravam em tentar compreender a mente humana. Desde o século 16, alguns mágicos já diziam ser capazes de ler pensamentos e manipular outros indivíduos, utilizando apenas a força da mente. Contudo, com os avanços tecnológicos e estudos sobre o cérebro, no final do século 19, ilusionistas aprimoraram tais práticas. 

Por volta do ano de 1882, a palavra telepatia se popularizou, em decorrência do telégrafo, que possibilitou transmitir mensagens à longa distância. Logo o truque ganhou força entre os ilusionistas, entre eles Houdin, que fazia o experimento com ajuda do seu filho. 

No entanto, a manipulação da mente é muito mais fácil e sutil do que se pode imaginar, pois os seres humanos são facilmente manipuláveis. Por exemplo, um bom mágico, pode induzir ao voluntário a escolha de uma determinada carta. Portanto, as pequenas falhas do cérebro humano podem ser exploradas por mágicos, que conhecem bem as leis da ciência. 


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