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Curiosidades / Personagem

Uma criança diante de um império: 5 fatos sobre a saga de Dom Pedro II após a morte do pai

Abandonado e com um país em mãos, o menino teve de enfrentar uma vida solitária e cheia de contratempos para cumprir sua função de governante e, assim, ser fiel ao Brasil

Pamela Malva Publicado em 18/09/2020, às 08h00

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Dom Pedro II em pintura oficial durante a monarquia - Wikimedia Commons
Dom Pedro II em pintura oficial durante a monarquia - Wikimedia Commons

Dom Pedro II chorou muito no dia em que seu pai abdicou o trono de Imperador do Brasil, mas não de tristeza. Durante o episódio em meados de 1831, o menino tinha apenas seis anos e estava frustrado porque havia sido arrancado de sua cama.

Naquela mesma noite, ele passou a ser o mais novo imperador das terras brasileiras, mas ainda não poderia governar. Três anos mais tarde, Dom Pedro I perdeu a batalha para a cruel tuberculose, deixando seu filho sozinho com todo um império em mãos.

Aos 15 anos, após um luto profundo, Dom Pedro II finalmente foi coroado o novo governante do Brasil Império, no dia 18 de julho de 1841. Mal sabia ele, no entanto, que aquele seria o começo de uma aventura bastante complexa.

Confira 5 fatos sobre a trajetória de D. Pedro II após a morte de seu pai.

1. Educação de ponta

Pintura da entrega da abdicação de Dom Pedro I em 7 de abril de 1831 / Crédito: Wikimedia Commons

Logo que seu pai partiu para a Europa após a abdicação, Dom Pedro II passou a ser criado por diferentes tutores, já que perdera a mãe com um ano de idade. Assim, ele foi ensinado por funcionários do palácio e por personagens como José Bonifácio.

Diferente dos irmãos, no entanto, ele tinha uma educação voltada para o papel de líder da nação. Dessa forma, ao invés das matérias comuns, os professores do menino o ensinavam a ser justo, educado, honesto, constitucional, pacifista e sempre fiel ao Brasil.


2. Na altura do trono

Coroação de Dom Pedro II / Crédito: Wikimedia Commons

A trajetória do menino para se tornar um imperador não foi nada fácil e ele teve de se desenvolver rapidamente para assumir o cargo. Com tamanha pressão, portanto, sua inteligência e personalidade adquiriram novas características.

Antes muito tímido e carente, o jovem imperador passou a ser um pouco mais desenvolto e apaixonado por letras e ciências. Em 1837, por exemplo, um relatório do parlamento afirmava que D. Pedro II já sabia falar e escrever em francês, bem como traduzir alguns textos do inglês — o que ilustrava seu rápido desenvolvimento.


3. Melancolia e solidão

D. Pedro II usando uniforme real com condecorações e faixa em pintura oficial / Crédito: Wikimedia Commons

Tendo assumido o trono quando ainda era muito jovem, o imperador estava sempre cercado por diplomatas. Assim, não foi difícil para a elite descobrir que, por trás do líder, Dom Pedro II ainda era um garoto triste, que sofria com o tédio do cargo monárquico.

O golpe mais duro da vida do imperador, no entanto, veio já na idade adulta, quando ele passou a procurar por pretendentes para o casamento. Alto e de olhos azuis, ele tinha uma voz fina e aguda, característica que afastava as jovens e o deixava bastante frustrado, segundo escreveu o jornalista Laurentino Gomes, em seu livro 1889.


4. Amor e família

Família Imperial Brasileira / Wikimedia Commons

Após longas procuras por uma esposa que estivesse à altura da nobreza, o jovem que temia ter a mesma fama de garanhão do pai finalmente encontrou Teresa Cristina. Logo que a conheceu, contudo, ficou insatisfeito com a aparência da dama. Apesar da experiência inicial, ele acabou caindo em amores pela mulher, com quem teve quatro filhos. 


5. Brasil de ouro

Retrato fotográfico de D. Pedro II em preto e branco / Crédito: Wikimedia Commons

Se a vida familiar, de certa forma, era um martírio na vida de Dom Pedro II, seu desempenho como imperador era sua salvação. Tendo assumido um país em ruínas, o garoto, que logo se tornou um líder notório, entregou um Brasil em ascensão após 49 anos de governo — que foram seguidos pelo fim da monarquia.

Em dezembro de 1891, após a morte do imperador, o The New York Times publicou o obituário de Dom Pedro II, afirmando que o nobre “foi o mais ilustrado monarca do século” — é importante lembrar, no entanto, que, assim como no governo do pai, Dom Pedro II também foi responsável pela restauração estrutural do escravismo.


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