A vida conturbada de Tab Hunter e o relacionamento secreto com Anthony Perkins

O adolescente Tab Hunter ficou conhecido por ser um grande ator, cantor, produtor de cinema e, mais tarde, autor americano. Com aparição em mais de 40 filmes, o artista foi intitulado galã e astro de Hollywood nas décadas de 1950 e 1960.

Loiro e alto, ele chamava a atenção por onde passava. Sua carreira começou em 1950 ao conhecer o ator Dick Clayton, que previu a sua carreira. Pouco tempo depois, conseguiu um contrato com a Warner Bross. Também nessa época, o artista conheceu e namorou Anthony Perkins. Para não levantar suspeitas sobre o relacionamento, os dois sempre estavam acompanhados de mulheres, se passando por heterossexuais.

Um dos seus primeiros filmes foi o Track of the Cat, em 1954. A produção foi um sucesso e Hunter passou a receber diversos elogios. Mais tarde, o papel de Marine Danny, em um drama da Segunda Guerra Mundial, ele conquistou a maior bilheteria da Warner naquele ano. Em 1955, a revista Confidential revelou que o artista havia sido preso devido a uma conduta desordeira. Para a surpresa de todos, a notícia não teve impacto em sua vida profissional.

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Tanto que após uma pesquisa patrocinada pelo Conselho de Organizações Cinematográficas, ele foi nomeado como a mais nova personalidade promissora de Hollywood. Foi então que a produtora tomou a decisão de promovê-lo ao status de estrela. O famoso também se destacou por sua carreira musical com os sucessos Yong Love, um dos maiores sucessos do Rock and Roll. 

Hunter ainda estava focado em sua carreira, mas não conseguiu o papel de Tony na adaptação cinematográfica intitulada West Side Story, em 1961, o que o levou a realizar um sitcom semanal na televisão. Diante ao grande sucesso, o programa foi considerado uma das comédias mais assistidas do ano no Reino Unido. 

Dentre outros filmes, o ator teve o papel principal em Sweet Kill, em 1973,e também ganhou o papel de co-estrelado no filme A vida e os Tempos do Juiz Roy Bean, na década de 1970. Dez anos depois, Tag trabalhou em Polyester e, em 1992, participou de Dark House, seu último filme.

Em 2005, ele fez sua autobiografia, intitulada Tab Hunter Confidential: The Making of a Movie Star”. Que, mais tarde, foi adaptada num documentário da Netflix. Em seu livro, Hunter reconheceu ao público pela primeira vez que era homossexual. Sua autobiografia tornou-se um best-seller do New York Times e foi indicado a diversos prêmios.

Dessa maneira, o artista confirmou os rumores que sempre foram presentes durante sua carreira. “O dilema é que ser verdadeiro comigo mesmo, me refiro à sexualidade, era impossível em 1953”, escreveu ele.

Tab também aproveitou para relatar sobre sua relação com a Warner. “A vida foi difícil para mim, porque eu estava vivendo duas vidas naquela época, uma vida particular, que nunca discuti, nunca falei com ninguém. E então minha vida em Hollywood, que estava apenas tentando aprender meu ofício e ter sucesso”.

O famoso destacou que a palavra gay, na época, não existia naquele tempo. Quando confrontado sobre sua sexualidade, o astro ficava com medo e sempre afirmava ser heterossexual. "Havia muita c

oisa escrita sobre minha sexualidade, e a imprensa era bastante cruel, mas o que os espectadores queriam ter em seus corações eram os fuzileiros navais do lado, e namorados apaixonados que eu retratei".

Hunter teve um longo relacionamento com Perkins e também com o patinador Ronnie Robertson. Mais tarde, ele se casou com Allan Glaser, produtor de filmes. O casal permaneceu junto por mais de 35 anos, até 1992.

Em 2019, foi revelado que o relacionamento secreto de do casal será levado ao cinema. A cinebiografia será produzida por Zachary Quinto e JJ Abrams e Allan Glaser também fará parte da equipe.

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