Após a execução, o corpo do ditador foi exposto e linchado por uma multidão de italianos
Benito Mussolini, líder fascista que comandou a Itália durante longas duas décadas, teve um fim violento há 76 anos.
O ano era 1945 e, desde 1943, o ditador estava como fugitivo no país, em razão do avanço das tropas aliadas. Ele chegou a ser capturado, mas, com a ajuda dos nazistas, conseguiu partir para o norte da Itália, onde tentou instaurar a Repúbica de Salò.
A tentativa de resistência não funcionou, uma vez que os Aliados ganhavam cada vez mais força no continente europeu. Além disso, Mussolini não contava mais com o apoio popular, nem mesmo dos exércitos que antes o serviam, em razão da derrota na guerra e dos inúmeros problemas sociais e econômicos que o país enfrentava. Era, portanto, o fim do fascismo na região.
Mas o ditador não quis aceitar seu destino e tentou, mais uma vez fugir, desta vez para fora dos domínios italianos. Para isso, ele, disfarçadamente partiu em um comboio de soldados alemães ao lado da amante, Clara Petacci, em direção à Suíça.
Entretanto, a tentativa foi falha, pois quando estavam nas proximidades do vilarejo de Dongo, foram descobertos e presos pelos partigiani, como eram chamados os membros da resistência italiana, no dia 27 de abril de 1945.
"A 52ª Brigada Garibaldina me capturou hoje, sexta-feira, 27 de abril, na praça de Dongo. O tratamento durante e depois da captura foi correto. Mussolini", dizia um bilhete encontrado em maio de 2003 e que teria sido o último documento escrito pelo líder fascista.
No dia seguinte, após ser julgado na presença dos cidadãos italianos, Benito foi fuzilado em praça pública junto a Clara e também aos soldados nazistas que os acompanharam em direção à fronteira.
Na madrugada do dia 29, os corpos dos executados foram levados para a cidade de Milão com o objetivo de serem expostos ao público. Ficaram amontoados em um posto de gasolina localizado na praça de Loreto, onde a população local teria fácil acesso.
O que aconteceu a seguir foi que inúmeras pessoas se aproximaram do corpo de Mussolini e dos demais e despejaram toda sua insatisfação pelo caos instaurado durante os anos de seu governo. Naquele dia, podia-se ver pessoas chutando, pisoteando e cuspindo nos corpos com satisfação.
Depois de um tempo, penduraram os fascistas de cabeça para baixo em uma viga de metal, onde passaram por mais algumas horas de profanação.
Não há consenso, no entanto, quando se trata de quem foi o autor da execução do ditador.
A versão tida como oficial entre os italianos é a de que tenha sido Walter Audisio, conhecido pelo codinome Coronel Valerio. Segundo a Biblioteca Nacional, ele era um membro comunista do Comitê Nacional de Libertação do Norte da Itália, o CNLNI.
Contudo, alguns historiadores afirmam que um outro membro da resistência, Michele Moretti, teria realizado os disparos. Há ainda aqueles que acreditam que a execução, na verdade, tenha sido orquestrada pelo serviço secreto britânico junto aos membros da resistência.
Assista ao vídeo abaixo, que engloba o arquivo da AP.
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