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Linha do tempo - ESTRADAS

Originadas antes de Cristo, elas já integravam civilizações

Willy Delvalle Publicado em 30/06/2016, às 08h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h35

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estradas - divulg
estradas - divulg
Quem trafega por rodovias e estradas de um ponto a outro não imagina que esse tipo de caminho é milenar. Acredita-se que elas tenham surgido no sudoeste asiático. O comércio foi seu forte propulsor. A política também, como no caso do Império Romano, que, interessado na dominação de outros povos, viu nas estradas um caminho estratégico. No caso do Império Inca, a motivação era seu fortalecimento, por meio da integração. Na Antiguidade, constituíram milhares de quilômetros. Na atualidade, são milhões.

Pré-História
Acredita-se que havia trilhas no sudoeste da Ásia, entre os mares Negro, Cáspio, Mediterrâneo e o Golfo Pérsico. Povos viajantes teriam visto a necessidade de melhorar os caminhos para o transporte de seus animais tracionados. O movimento seria a base para o surgimento do comércio.

3000 a.C.
É perto dessa época que se tem o primeiro registro de uma estrada, na Pérsia, na mesma época em que surgiram os veículos a roda. A via ligava civilizações da Mesopotâmia (atual região do Iraque), Egito, Pérsia, Turquia e Grécia, ao longo de aproximadamente 2 800 quilômetros. 
Era um cenário de comércio, composto de caravanas e transporte de mercadorias. 

Enquanto isso, no outro lado do mundo... 
Um sistema rodoviário interligava o comércio da China imperial. A extensão era de quase 3 200 quilômetros. A pavimentação era de pedra. Muitas vias eram largas. A manutenção não era regular. Vias acabavam precárias. Compara-se sua importância à que teriam mais tarde as estradas romanas para a Europa e a Anatólia (atual região da Turquia).

1900 a.C. 
As primeiras estradas europeias foram as “rotas do âmbar”, referência ao produto transportado além de metais do norte da Europa. Ligavam Grécia, Itália e Mar Báltico, em função do comércio praticado por etruscos e gregos no litoral dos mares Mediterrâneo e Adriático. Eram paralelas a grandes lagos e rios do nordeste europeu.

700 a.C.
Na Mesopotâmia, havia uma nova rota comercial unindo Egito e o Império da Babilônia. Pedras, ladrilhos e um tipo de argamassa pavimentavam estradas que conectavam templos e palácios nas antigas cidades babilônicas. O comércio exigira melhorias nas estradas, que podem ter inspirado o sistema rodoviário do Império Romano.

100
Império Romano, auge da engenharia rodoviária antiga. Assimilando técnicas de outros povos, as estradas serviam para conquistar territórios e mantê-los. Ao longo de 85 mil quilômetros, ligavam a Europa ao norte da África, à Anatólia, China e Índia. Invasões a partir do século 4, guerras e a peste negra no século 14 trouxeram decadência. Mesmo assim, trechos continuaram transitáveis por centenas de anos.

1270
O Império Inca ia ao ápice de seu sistema rodoviário em duas estradas principais e paralelas. Estendendo-se pelo litoral, uma delas tinha cerca de 3 600 quilômetros. A outra margeava a Cordilheira dos Andes, ao longo de aproximadamente 2 600 quilômetros. Parte desse sistema ainda é utilizado. Estudiosos cogitam influências culturais entre incas e chineses, dadas as semelhanças de suas estradas.

Século 17
Com o advento do transporte de pessoas e mercadorias pelas carruagens, melhorias rodoviárias eram adotadas em países da Europa. Lançavam-se princípios de rodovias modernas. Seu crescimento seria interrompido pelas ferrovias a partir do século 19. A retomada viria mundialmente no século 20 com o surgimento de carros e caminhões.