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Após morte de aiatolá por coronavírus, Irã liberta temporariamente 85 mil presos

Até o momento, o Covid-19 já vitimou 853 pessoas e infectou outras 14.991 no país

Fabio Previdelli Publicado em 17/03/2020, às 16h30

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Iranianos foram afetados pelo Coronavírus - Divulgação
Iranianos foram afetados pelo Coronavírus - Divulgação

Internado desde sábado, 14, o aiatolá Bathayi Golpayegani, de 78 anos, membro da Assembleia de Especialistas — entidade responsável por nomear e supervisionar o Guia Supremo —, morreu após ser afetado pelo coronavírus, segundo informou a agência oficial IRNA.

O óbito do funcionário do governo iraniano é só uma das preocupações da alta cúpula do país, que foi altamente afetada com o Covid-19. Até o último balanço, divulgado nesta terça-feira, 17, o vírus já vitimou 853 pessoas e infectou outras 14.991.

Como consequência, medidas extremas foram tomadas: a primeira delas foi o encerramento de quatro importantes santuários xiitas. "Segundo as ordens do quartel general anti coronavírus e do ministério da Saúde, o mausoléu santo do Imã Reza, em Mashhad, assim como o santuário de Fátima Masumeh em Qom e o Xá Abdol Azim, no Teerã, estão fechados até segunda ordem", informou uma emissora local.

Outra medida adotada foi a libertação temporariamente de cerca de 85 mil prisioneiros, incluindo os presos políticos. "Até agora, cerca de 85 mil prisioneiros foram soltos. Além disso, adotamos medidas de precaução nas prisões para confrontar o surto", informou o porta-voz do Judiciário, Gholamhossein Esmaili.

Segundo Javaid Rehman, relator especial das ONU para os direitos humanos no Irã, a soltura temporária das prisões superlotadas é uma maneira de evitar a propagação da doença. Porém, ele afirmou que a medida só vale para aqueles que cumprem penas menores de cinco anos. Já aqueles com condenações superiores ou por participarem de protestos anti-governo serão mantidos em cárcere.