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Coronavírus / Pandemia

China rebate críticas de Trump e acusa políticos americanos de “contarem mentiras descaradas”

Resposta se dá após presidente norte-americano afirmar que pediria compensação financeira ao país asiático por conta da pandemia do Covid-19

Fabio Previdelli Publicado em 28/04/2020, às 15h44

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Foto dos presidentes Xi Jinping e Donald Trump - Montagem Getty Images
Foto dos presidentes Xi Jinping e Donald Trump - Montagem Getty Images

Na última segunda-feira, 27, o presidente norte-americano Donald Trump disse que pediria uma compensação financeira à China pelos danos causados pela pandemia do novo coronavírus, o que reforça seu posicionamento de culpar o país asiático pela crise que se espalhou pelo mundo.

Por outro lado, hoje, o governo chinês acusou os políticos americanos de “contarem mentiras descaradas” sobre o Covid-19. "As autoridades americanas ignoraram a verdade em várias ocasiões e proferiram mentiras descaradas", declarou Geng Shuang, porta-voz do ministério das Relações Exteriores, que aproveitou a ocasião para culpar Washington por tentar "distrair a atenção pública" pelo “ruim” programa de prevenção e controle da pandemia.

As criticas de Shuang vão de encontro com uma matéria publicada no The Washington Post, que responsabilizam Trump de minimizar as advertências que recebeu — entre janeiro e fevereiro — sobre o impacto que o vírus poderia causar no país. Na ocasião, o conservador ainda minimizava os riscos do Covid-19.

Segundo informou o jornal, esses alertas consistiam em advertências diárias com relatórios confidenciais sobre os problemas mundiais que a doença trazia, além de advertir que os relatórios de rastreamento e propagação divulgados pela China suprimiam informações importantes sobre a letalidade e facilidade de transmissão do vírus — o que poderia acarretar péssimas consequências no cenário político e econômico.

O The Washington Post também disse que, segundo diversas fontes, Trump detestava ler esses relatórios e até mesmo recusava ouvir seus resumos orais. Apesar de o líder norte-americano ter restringido as viagens internacionais entre os países no fim do primeiro mês do ano, ele continuou minimizando os riscos da epidemia.

A mudança de postura só ocorreu em 13 de março, quando os casos aumentavam substancialmente em Nova York e a Bolsa de Valores já registrava forte queda. Hoje, os EUA é o país mais afetado pelo novo coronavírus.

Coronavírus nos EUA e na China

Segundo dados do site Worldometer, que monitora em tempo real a situação da pandemia, os EUA bateram hoje, 28, a marca de um milhão de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, além disso, mais de 56 mil mortes já foram registradas.

Já a cidade de Wuhan, na China, onde o surto começou, teve uma queda de 723 casos de pessoas infectadas para 648, segundo dados da Comissão Nacional da Saúde. O país também não registrou nenhuma morte nas últimas 24 horas, mantendo o número de óbitos em 4.633 entre os 82.836 casos oficiais.