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Coronavírus / Pandemia

Cientistas acreditam que coronavírus pode se espalhar mais rápido do que se esperava em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília

As três cidades podem chegar a ter juntas uma soma de 16 mil casos de covid-19 na próxima semana

Vanessa Centamori Publicado em 25/03/2020, às 15h56

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Mulher com máscara passa álcool em gel em terminal de ônibus no Brasil - Divulgação/ Youtube
Mulher com máscara passa álcool em gel em terminal de ônibus no Brasil - Divulgação/ Youtube

Um novo estudo contrariou todas as previsões anteriores e mostrou que o coronavírus irá se espalhar bem mais rápido do que se esperava em algumas partes do Brasil. A descoberta foi feita por cientistas da Universidade de São Paulo (USP), das universidades de Brasília (UnB) e Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além de centros de pesquisa de Portugal e Espanha.

Os pesquisadores realizaram projeções para dez dias, contados a partir de 20 de março. Eles perceberam que nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília o vírus se propaga muito mais rapidamente do que se acreditava há cerca de 20 dias. 

Além disso, as três cidades avaliadas no estudo podem chegar a ter juntas uma soma de 16 mil casos de covid-19 na próxima semana. No Brasil, o vírus entrou por São Paulo, e à medida que avança, os pesquisadores acreditam que ele tem mais de um eixo.

Se há mais de um foco - como ocorreu na Espanha e nos Estados Unidos - a doença avança mais depressa. Isso pode indicar que no nosso país o covid-19 pode se alastrar bem rápido. Em Brasília, por exemplo, embora haja uma população menor e menos casos, os números de doentes confirmados pode chegar ao dobro dos de São Paulo, em apenas algumas semanas.

Foto ilustrativa de mulher com máscara cirúrgica / Crédito: Pexels 

O líder da pesquisa, Domingos Alves, do Laboratório de Inteligência em Saúde (LIS) na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP, explicou à Revista Época, que os números foram feitos com base no Brasil todo. 

“Não existe um Brasil homogêneo. Mas as análises até agora estão sendo feitas com a ótica federal para o Brasil, e não para regiões e municípios”, conta o cientista. Segundo ele, as análises feitas no estudo "sugerem que estamos à frente de uma situação muito grave e que pode matar mais brasileiros do que qualquer outro evento em nossa história”.

Alvez desenvolveu também, junto a pesquisadores desse grupo da USP em Ribeirão Preto, um portal para avaliar o coronavírus no Brasil em tempo real.