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Coronavírus / Pandemia

Coronavírus: sem transporte, mulher morre esperando ônibus nas Filipinas

Michelle Silvertino, 33 anos, era mãe de quatro filhos e ficou dias tentando conseguir um meio de voltar para casa durante o lockdown

Vanessa Centamori Publicado em 13/06/2020, às 14h00

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Imagem ilustrativa de ponto de ônibus vazio - Pexels
Imagem ilustrativa de ponto de ônibus vazio - Pexels

Segundo informações da CNN, no último dia 5 de junho, uma mulher foi encontrada sem vida em uma passarela de ônibus nas Filipinas. Ela estava esperando por um ônibus durante o lockdown, instaurado na ocasião para conter a propagação da Covid-19 no país. 

Michelle Silvertino, 33, estava inconsciente na passarela próximo à uma grande estrada na capital Manila. Já não mais respondendo, ela foi levada às pressas até um hospital, mas quando chegou estava infelizmente sem vida.

Mãe de quatro filhos, Michelle tentava embarcar para retornar à sua casa em Calabanga, que fica a mais de 400 quilômetros a sudeste de Manila. No entanto, naquele dia nenhum transporte público estava operando e a mulher caminhou para Pasay City, ao sul, para tentar arranjar uma carona.

Mas, isso não foi possível e ela permaneceu no mesmo lugar por vários dias, até falecer. A morte trágica comoveu as redes sociais e gerou indignação. Nas Filipinas, a hashtag #JusticeforMichelleSilvertino (#JustiçaporMichelleSilvertino) explodiu no Twitter. 

Ponto de ônibus vazio / Crédito:Pixabay 

Quando Michelle morreu, estavam em rigor medidas rigorosas no país. Foram 80 dias de transportes públicos parados, que terminaram em 1 de junho, quando a circulação de ônibus foi retomada, exceto para aqueles que viajam entre províncias. 

De modo similar à mulher falecida, após voos cancelados, centenas de passageiros também ficaram retidos e acamparam na via expressa perto do aeroporto internacional de Manila, na última quinta-feira, 11. Em resposta, o governo das Filipinas anunciou que ajudaria os trabalhadores ilhados do país. "Somos como mendigos aqui. Tudo o que queremos é ir para a casa de nossas famílias", disse um passageiro à CNN local.