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Coronavírus / Brasil

"Estou sem olfato e paladar mesmo passado um ano”, diz primeira infectada da Covid-19 no Rio

A advogada contraiu o vírus depois de uma viagem para a região de Lombardia, na Itália — o primeiro epicentro da pandemia na Europa

Fabio Previdelli Publicado em 09/03/2021, às 14h39

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Imagem ilustrativa - Pixabay
Imagem ilustrativa - Pixabay

No ano passado, a advogada Jeniffer Pereira Melgaço fez uma viagem pela Lombardia, na Itália, pouco antes do país virar o primeiro epicentro da Covid-19 no continente. Mesmo assim, ela acabou apresentando sintomas quando voltou para o Brasil. Durante dois meses, conta que um cansaço excessivo tomou conta de seu corpo.  

Ela foi a primeira pessoa a testar positivo para o novo coronavírus no Rio de Janeiro. Por sorte, acabou superando a maioria dos sintomas. Entretanto, em entrevista para o jornal O Globo, revelou que ainda não recuperou 100% o paladar e o olfato.  

"Estou sem olfato e paladar mesmo passado um ano, só sinto algo meio distorcido. Eu fui a um otorrino, que me passou um remédio e uma tomografia, mas a medicação não teve efeito algum. Depois, eu tentei sentir cheiro de café e de alguns óleos fortes, mas nada. É horrível ficar sem sentir o cheiro e gosto, pois a comida deixou se ser um prazer. Não sinto mais o cheirinho de chuva, ou o do arroz da minha avó", disse. 

Apesar das sequelas que ainda carrega, a advogada se diz aliviada por não ter contaminado outras pessoas. Agora, mais de um ano depois, quando o país bate recordes de mortes a cada dia que passa, Jennifer lamenta o fato das pessoas não manterem os hábitos e cuidados sanitários necessários.

Ontem, 08, oito municípios do Estado do Rio registraram ocupação de 100% de suas UTIs, conforme pontua matéria do UOL. 

"Acho que as pessoas se 'acostumaram' com as mortes e com essa situação, e acabam não levando mais a sério. Esse absurdo entrou no dia a dia, o que é desesperador, porque a gente sabe da gravidade da doença, que, para muitos, é fatal. A gente sabe que, se tiver superlotação em algumas cidades, não vai ter como atender todo mundo", lamenta.