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Coronavírus / Brasil

Médico imunizado com duas vacinas diferentes é investigado em Assis (SP)

Caso ganhou repercussão após agente de saúde publicar um vídeo em suas redes sociais justificando o ato. Entenda!

Fabio Previdelli Publicado em 17/02/2021, às 12h54

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Dr. Oliveira Pereira da Silva Alexandre - Divulgação
Dr. Oliveira Pereira da Silva Alexandre - Divulgação

Na cidade de Assis, no interior de São Paulo, a vacinação contra a Covid-19 já começou para alguns grupos, especialmente para os profissionais de saúde. Entretanto, um deles abusou da condição de ser um grupo prioritário e acabou sendo vacinado por dois imunizantes diferentes.  

O autor desse ato irregular foi o Dr. Oliveira Pereira da Silva Alexandre, que tomou uma dose de vacinas produzidas por laboratórios diferentes: a Coronavac e a preparada pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca.  

Isso fez com que a prefeitura de Assis abrisse uma investigação contra o médico. O caso ganhou grande repercussão depois que Alexandre publicou um vídeo em suas redes sociais justificando seu ato.  

"Veja bem, lembra que eu falei pra vocês que eu tomei duas vacinas? Eu tomei a CoronaVac e, por minha conta, eu tomei da AstraZeneca, isso não pode", disse em trecho de vídeo segundo apurado pelo UOL. A gravação foi apagada do YouTube. 

"Então nós temos estatística que 49% da CoronaVac seria eficiente contra os vírus. Então eu tomei, o governo deu e mandou, e quem pode manda, e quem tem juízo obedece. Porém, a nossa Unimed conseguiu a AstraZeneca que, até o momento, parece ser a melhor vacina. Agora tem a da Johnson & Johnson, que parece ser melhor, mais efetiva. Dose única com quase 100% de efetividade. Eu tomei a da AstraZeneca também com seis dias de diferença e graças a Deus não tive efeito colateral nenhum", explicou.  

Segundo a prefeitura, o médico tomou a primeira dose da CoronaVac no dia 29 de janeiro, data da qual o imunizante foi distribuído gratuitamente para a população. Por ser servidor público que atua na linha de frente no combate ao novo coronavírus, ele fez parte de um dos grupos prioritários.  

Entretanto, posteriormente, no dia 2 de fevereiro, de maneira irregular, ele foi vacinado outra vez, agora como profissional da Unimed, que montou um posto de vacinação para a rede particular.  

Isso fez com que a Secretaria de Saúde de Assis notificasse a Vigilância Epidemiológica e o Departamento Jurídico da Prefeitura. Espera-se que providências legais sejam tomadas contra o médico.  

A Secretaria explicou que o caso ocorreu por uma instabilidade no sistema Vacivida, que monitora todos aqueles que foram vacinados no Brasil. Porém, o sistema não indicou que Oliveira havia se vacinado, o que permitiu que ele tomasse o imunizante pela segunda vez.  

“A atitude do médico nos causa indignação, pois ele usou de uma falha no sistema para receber a primeira dose de duas vacinas diferentes, o que não é recomendado nem pela Organização Mundial de Saúde e nem pelo Plano Nacional de Imunização. Um médico que recebe duas doses representa uma dose a menos para um cidadão. O Estado e a Prefeitura devem acioná-lo pelo que fez", declarou o órgão por meio de nota oficial.  

A Unimed também se demonstrou surpresa com a situação, alegando que "não havia como saber que o dr. Oliveira já havia sido vacinado". A empresa afirmou que já acionou seu departamento jurídico para avaliar o caso.  

"Não havia como saber se o Dr. Oliveira havia sido vacinado porque o nome dele estava na lista por ter manifestado o interesse em se vacinar, o que foi feito. A Unimed já acionou seu Departamento Jurídico e está fazendo uma revisão do quadro estatuário para tomar a providências adequadas em relação a esse caso", disse a Unimed em nota.