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Coronavírus / Pandemia

Presidente da Fundação Palmares chama isolamento de "maior imbecilidade da história"

Com dados duvidosos, Camargo ainda defendeu que a prática seja suspensa, exceto para grupos de risco do coronavírus

Vanessa Centamori Publicado em 24/03/2020, às 11h06

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Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, e o Presidente da República, Jair Bolsonaro - Divulgação/ Facebook
Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, e o Presidente da República, Jair Bolsonaro - Divulgação/ Facebook

Em sua conta no Twitter, o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, afirmou que o isolamento social, realizado como forma de prevenção ao coronavírus, é a "maior imbecilidade da história da humanidade".

Segundo ele, o isolamento é algo que "precisa ser imediatamente suspenso", exceto "para os que são grupo de risco". Vale lembrar, porém, que os órgãos de saúde e especialistas do mundo todo reiteram a importância da prática, que é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

 “Confinaram 99% da população em casa para vencer um vírus que mata em torno de 1% dos infectados”, disse Camargo, que não trouxe a fonte dos dados, não considerou a transmissão comunitária, nem o fato de que em grupos de risco ( como no caso dos idosos) as taxas de mortalidade são maiores. 

O presidente da Fundação Palmares deu sua declaração em resposta à um tweet do presidente da República, Jair Bolsonaro. Nele, Bolsonaro diz que “medidas extremas sem planejamento e racionalidade podem ser ainda mais nocivas do que a própria doença no longo prazo”.

Camargo assumiu a Fundação Palmares em fevereiro deste ano, e é conhecido por declarações controversas. Ele não só defende a extinção do Dia da Consciência Negra, como já disse que  “não existe racismo real” e que a escravidão foi benéfica pois negros viveriam em condições melhores no Brasil do que no continente africano.

Sérgio Camargo / Crédito: Divulgação 

Sérgio Camargo foi impedido de assumir o cargo de presidência da Fundação Palmares pelo Tribunal de Justiça do Ceará, que afirmou que a nomeação dele “contraria frontalmente os motivos determinantes para a criação” do órgão.

Um tempo depois, após Bolsonaro reforçar sua preferência à Camargo, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) derrubou uma liminar da Justiça Federal e autorizou a nomeação dele, que voltou à presidência da Fundação.