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Coronavírus / Pandemia

Segundo especialistas da OMS, não há indícios que mercado de Wuhan seja epicentro da Covid-19

Além do mais, pesquisadores descartaram a hipótese de que vírus tenha escapado de laboratório: “extremamente improvável”

Fabio Previdelli Publicado em 09/02/2021, às 11h29

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Imagem meramente ilustrativa do coronavírus - Pixabay
Imagem meramente ilustrativa do coronavírus - Pixabay

No dia 14 de janeiro, uma comissão comandada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) viajou até a cidade chinesa de Wuhan para pesquisar sobre a origem do Sars-Cov-2, causador da atual pandemia.

Afinal, até onde sabe-se, o vírus pode ter começado a circular a partir do mercado de frutos do mar de Huanan. 

Entretanto, nesta terça-feira, 9, a comissão afirmou que não existem informações suficientes para estabelecer que o mercado tenha sido o epicentro da Covid-19.

A declaração se deu depois que o grupo da OMS se reuniram com especialistas do Instituto de Virologia de Wuhan, que pesquisa o novo coronavírus, e também realizarem uma visita ao mercado de Huanan.  

Segundo Ben Embarek, presidente da equipe de investigação, a possibilidade do comércio de frutos do mar ser o epicentro da doença começou pois os primeiros casos da doença estavam relacionados ao local.

Porém, pesquisas posteriores mostraram que o vírus estava presente em outros mercados e em pessoas que não possuem quaisquer ligações com esses locais.  

De acordo com Liang Wannian, chefe do painel de especialistas da Covid-19 na Comissão Nacional de Saúde da China, o primeiro contágio que se tem notícia no mercado aconteceu em 12 de dezembro.

Apesar disso, estudos posteriores mostraram que pacientes sem ligação com o local já apresentavam quadros da doença em 8 de dezembro.  

Indo além da China, recentemente, um Instituto de Milão publicou uma pesquisa relatando que o Sars-Cov-2 já circulava na Itália, pelo menos, desde setembro de 2019.

Já outro levantamento, feito por pesquisadores ligados ao governo americano, mostra que 39 pessoas de três Estados dos EUA já tinham desenvolvido anticorpos contra o novo coronavírus duas semanas antes da China emitir um alerta.  

Visto todos esses pontos, Embarek disse que a teoria de que o vírus tivesse “vazado” de um laboratório é algo “extremamente improvável”.

Segundo ele, que é especialista em segurança alimentar e doenças animais da OMS, discussões com cientistas locais mostram que o Sars-Cov-2 não estava sendo estudado na cidade.