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Marchinhas, folia e confusão: O Carnaval retratado no cinema

Foliões ainda têm alternativas para curtir e conhecer mais sobre a cultura carnavalesca — e pelas telonas!

Daniel Bydlowski, cineasta Publicado em 06/03/2022, às 10h00 - Atualizado em 08/02/2024, às 14h42

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Último dia de gravações do filme 'Alô, alô carnaval' - Domínio Público/ Creative Commons/ Wikimedia Commons
Último dia de gravações do filme 'Alô, alô carnaval' - Domínio Público/ Creative Commons/ Wikimedia Commons

Não há dúvidas de que o Carnaval, desde o início da Pandemia de Covid-19, perdeu espaço, mas jamais seus apoiadores. Afinal, tem aglomeração mais legal que essa? Mas temos outras formas de participar desta data festiva, com muita cultura e cinema.

Por isso, fiz uma lista com diversos longas que retratam muito bem o Carnaval, seja como personagem ou cenário.

1. Alô, alô carnaval

A comédia musical brasileira estreou nos cinemas cariocas em janeiro de 1936, e em fevereiro em São Paulo. Dirigido e produzido por Adhemar Gonzaga e Wallace Downey, foi o primeiro longa nacional a usar playback, mesmo que em poucas cenas. Também é o único filme brasileiro com participação de Carmem Miranda que sobreviveu ao tempo.

Com o título original de “O grande Cassino”, o longa, que contou também com a participação de Oscarito e Jaime Costa, é uma tentativa de apresentar grandes cantores da fase de ouro brasileira do rádio à televisão.


2. Tererê não resolve

O filme de 1938 aborda a história de três casais que decidem passear pelo Carnaval do Rio de Janeiro. Com Paulo Gracindo e Procópio Ferreira, a comédia musical dirigida por Luiz de Barros e produzida por Adhemar Gonzaga envolve desconfiança, infidelidade e muita confusão.


3. O Mistério do samba

Dirigido por Lula Buarque e Carolina Jabor, o documentário de 2008 traz memórias e pesquisas de Marisa Monte dedicadas a história e ao cotidiano da Velha Guarda da Portela. Com a presença de Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho, os fatos, entrevistas com sambistas e músicas que povoaram o imaginário popular fazem a construção do cinema nacional.


4. Trinta

Lançada em 2014, a cinebiografia apresenta a história de Joãosinho Trinta, interpretado brilhantemente por Matheus Nachtergaele. Do anonimato ao sucesso, a trajetória do carnavalesco é retratada desde suas épocas como bailarino no Rio de Janeiro até seu posto mais famoso na avenida à frente da Acadêmicos do Salgueiro.


5. Dona Flor e seus dois maridos

O clássico de 1976, baseado na obra homônima de Jorge Amado, se passa durante o carnaval de 1943, na Bahia. Apesar da festividade não ser a personagem principal neste filme, ninguém se esquecerá da famosa cena em que Vadinho, personagem de José Wilker, marido de Dona Flor, interpretada por Sônia Braga, morre fantasiado em pleno carnaval. Inconsolável, algum tempo depois Dona Flor se casa novamente, mas Vadinho não pretende deixá-la em paz tão cedo.


6. Damas do samba

O documentário de 2013 retrata a presença feminina e fundamental na criação e perpetuação da festa mais brasileira que existe. Dirigido por Susanna Lira, o enredo é criado a partir de conversas com mulheres como passistas, musas, tias, compositoras, passistas, interpretes e até mesmo operárias do carnaval. A produção ainda conta com a presença de Dona Ivone Lara, Alcione e Tia Surica.


7. Banana is my business

Para falar de carnaval brasileiro é preciso falar de Maria do Carmo Miranda da Cunha, a Carmem Miranda. O documentário de 1995, dirigido por Helena Solberg, é um resgate da identidade cultural de Carmem e sua controversa exposição em tempos conservadores.

Com entrevistas de diversos amigos, familiares próximos e artistas, bem como pesquisas, o filme contado em etapas, começando por suas raízes e ascensão a fama no Rio de Janeiro e no Brasil. Ainda, traça a trajetória de Carmem até seus voos maiores como cantora e atriz nos Estados Unidos, na Broadway, no final da década de 1930. 'Banana is my Business' também apresenta os últimos anos de sua vida, incluindo a trágica morte.


8. Orfeu

A peça 'Orfeu da Conceição', de Vinicius de Moraes, deu base ao filme estrelado por Tony Garrido e Patricia França, de 1999. Dirigido por Cacá Diegues, o longa conta a história de paixão de Orfeu, compositor do morro, e Eurídice. Com um calendário conjugal, toda sua programação depende das atividades carnavalescas.

Assistido por mais de um milhão de espectadores, o filme traz cenas da folia da Marquês de Sapucaí, entre outros desenrolares da festividade. Com trilha sonora de Caetano Veloso, o filme é uma nova versão de “Orfeu Negro”, uma coprodução França, Brasil e Itália de 1959, que ganhou a Palma de Ouro em Cannes e Oscar de Melhor filme estrangeiro para a França.


9. Ó, Pai, Ó

O animado cortiço no centro histórico do Pelourinho, em Salvador, ganha vida neste longa de Monique Gardenberg. O filme de 2007 é praticamente estrelado, em sua maioria, por atores do Bando de Teatro Olodum, mas traz também grandes nomes como Lazaro Ramos e Wagner Moura. Os moradores do cortiço compartilham uma paixão pelo carnaval e pela folia, no entanto a síndica Dona Joana, interpretada por Luciana Souza, não gosta da farra e deseja puni-los.