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Perturbador e macabro: Os 30 anos do filme 'O Silêncio dos Inocentes'

Recebido com desdém e algumas críticas, tudo no longa de 30 anos atrás foi genial

Daniel Bydlowski, cineasta Publicado em 06/11/2021, às 09h35

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Cena de divulgação de 'O Silêncio dos Inocentes' - Divulgação/Strong Heart Productions
Cena de divulgação de 'O Silêncio dos Inocentes' - Divulgação/Strong Heart Productions

Apesar de parecer que o terror é o tema do momento, ele sempre esteve presente em Hollywood, inclusive desde o cinema mudo do diretor alemão, Friedrich Wilhelm Murnau com Nosferatu (1922).

Com diferentes roteiros, dos mais fantasiosos como O Exorcista (1973), de William Friedkin, até aqueles que refletem as manchetes diárias, mas com doses excelentes de suspense e atuação como O Silêncio dos Inocentes (1991).

Divulgação/Strong Heart Productions

Dirigido por Jonathan Demme e estrelado por Jodie Foster e Anthony Hopkins, o longa inspirado no best-seller homônimo de Thomas Harris é perturbador e macabro. Muitos se perguntam até hoje o que de fato é real no filme, uma vez que o personagem Dr. Hannibal Lecter tem suas raízes em um médico preso por assassinato no México na década de 1950.

O filme foi o segundo a apresentar o psiquiatra canibal ao mundo, sua estreia na sétima arte aconteceu em 1986, em Caçador de Assassinos, de Michael Mann. Interpretado por Brian Cox, o personagem não rendeu o mesmo talento que Hopkins em Silêncio dos Inocentes.

Mas não foi só atuação, tudo no longa de 30 anos atrás foi genial. E apesar de ter sido recebido com certo desdém e algumas críticas, o filme foi o único a reinar supremo nas cinco categorias principais do Oscar de 1992, além de Melhor Filme conquistou as estatuetas de Diretor, Ator e Atriz Principal e Roteiro adaptado por Ted Tally.

O que torna Silêncio dos Inocentes uma reflexão assustadora e lamentável da vida real é que apesar da dignidade dadas às vítimas, é possível criar empatia pela inteligência de Hannibal, mesmo que em meio a tantos atos desagradáveis e violentos. Além do que, ele é o único a tratar Clarice, a novata do FBI, designada ao caso com respeito e admiração.

Muito longe de um thriller convencional, Silêncio dos Inocentes foi um marco para a sétima arte com seu terror que permanece atemporal e uma arrecadação de bilheteria de US$ 130 milhões, apenas no mercado interno.

Divulgação/Strong Heart Productions

E para celebrar os 30 anos deste longa que marcou gerações, vamos mostrar algumas curiosidades.

- Ao receber o roteiro, Anthony Hopkins acreditou que se tratava de um filme infantil por causa do nome.

- O premiado ator se preparou para o papel com estudos de arquivos reais de serial killers e visitas a prisões.

- O fato atormentador de Hannibal não piscar enquanto falava foi ideia de Hopkins que se inspirou em um amigo londrino.

- Ele conquistou o Oscar com uma interpretação de apenas 16 minutos no filme todo.

- Ao ler o romance de Thomas Harris, Jodie Foster tentou comprar os direitos da obra para o cinema, mas não conseguiu.

- O FBI colaborou com a produção cinematográfica, pois queriam que o filme fosse uma ferramenta potencial para o recrutamento de mais agentes femininos.

- A figura que aparece nas costas da mariposa do cartaz original do filme não é uma caveira, mas sim a fotografia de Salvador Dalí, uma representação surreal de 7 mulheres nuas similares a um crânio.

- Thomas Harris, autor do romance que deu origem ao filme, não quis se envolver na produção do longa e anos mais tarde declarou em entrevista que só assistiu ao filme porque estava passando por acaso na televisão, mas afirma ter gostado muito da adaptação.