Antes de chegar à presidência, Volodymyr Zelensky interpretou um professor de História que se tornou presidente; entenda
Redação Publicado em 26/02/2022, às 06h00 - Atualizado em 17/03/2022, às 11h17
Desde que Vladimir Putincomeçou a dar sinais de que invadiria a Ucrânia, o nome de Volodymyr Zelensky, até então pouco conhecido, passou a receber grande destaque na mídia internacional.
Como presidente do país atacado, ele é uma das figuras que protagonizam o tenso cenário no Leste Europeu, o qual tem sido observado atentamente ao redor do mundo.
Mas quem é Zelensky? Como ele se tornou chefe de Estado?
Filho de judeus, Volodymyr nasceu em janeiro de 1978, na cidade de Kryvy Rig, localizada no sudeste do país. Ele é formado em direito pela Universidade Nacional Econômica de Kiev, apesar de nunca ter exercido a profissão.
Quando Zelensky lançou sua candidatura para a eleição de 2019, não foi levado a sério por grande parte dos eleitores. Mas mesmo sem experiência na política, o homem conhecido nacionalmente por seu trabalho como ator e comediante, acabou conquistando 73% dos votos no segundo turno, segundo informações do portal de notícias G1.
Em um de seus mais conhecidos trabalhos, a série de televisão "Servo do povo", o ucraniano interpretou um professor de História que, de maneira inesperada, acaba se tornando presidente do país.
Ironicamente, o comediante acabou conquistando o cargo na vida, com um partido de nome "Servo do Povo", em homenagem ao programa.
Durante a campanha eleitoral, Zelensky evitou comícios públicos, dando preferência às redes sociais, por onde se comunicou com os eleitores.
Apresentando-se como uma alternativa para seu povo, já cansado da corrupção e de governos ineficazes, ele, no entanto, não apresentou suas políticas, nem mesmo informou quem nomearia para cargos importantes.
Segundo a fonte, ele venceu somente prometendo combater a corrupção, além de promover uma aproximação da Ucrânia com os países do Ocidente e de pressionar a Rússia a deixar áreas ocupadas do território.
Ao tomar posse, no mês de maio de 2020, Volodymyr anunciou a dissolução do Parlamento para que pudesse convocar eleições legislativas antecipadamente. Com a medida, o presidente visava conquistar a maioria no Parlamento, formando um governo que conseguisse aprovar suas promessas da época da campanha.
Durante a cerimônia, em seu discurso, Zelensky afirmou que sua primeira tarefa seria acabar com o conflito envolvendo separatistas da região de Donbass e prometeu "proteger a soberania e a independência da Ucrânia".
No ano da eleição, Zelensky acabou se envolvendo no processo de impeachment aberto contra o então presidente norte-americano,Donald Trump.
A corrida eleitoral nos EUA estava para começar quando Trump pediu ao ucraniano que elaborasse um dossiê sobre o filho de Joe Biden, seu rival político, uma vez que teve negócios na Ucrânia.
Na época, o bilionário sugeriu que poderia auxiliar os ucranianos com 400 milhões de dólares em ajuda militar. Por esse motivo, acabou passando pelo processo de impeachment, mas, por decisão do Senado, não foi afastado do cargo.
