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Desventuras / Imperatriz Sissi

Os hábitos alimentares de Sissi, monarca 'fitness' que inspira 'A Imperatriz'

A nova série da Netflix conta a trajetória da imperatriz do século 19 viciada em exercícios e pesagens para manter a cintura fina

Wallacy Ferrari

por Wallacy Ferrari

wferrari@caras.com.br

Publicado em 23/06/2022, às 15h54 - Atualizado em 15/10/2022, às 09h00

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Pintura retrata Sissi - Domínio Público
Pintura retrata Sissi - Domínio Público

Isabel da Baviera, Imperatriz da Áustria, não apenas marcou a história de seu país na criação da monarquia dual da Áustria-Hungria, mas inspira 'A Imperatriz', uma das mais novas séries da Netflix, que retrata operíodo histórico e eventos muito específicos. O drama de época, retrata a relação entre quem veio a se tornar a imperatriz e o imperador Franz Joseph I, e já conquistou vários espectadores pelo mundo.

A série é idealizada por Katharina Eyssen e possui, em seu elenco, a participação de Devrim Lingnau, Philip Froissant e Elisa Schlott. De acordo com a sinopse, "Elisabeth [nome em inglês para 'Isabel', interpretada por Devrim Lingnau] se apaixonou pelo imperador Francisco [nome em português para 'Franz', interpretado por Phiip Froissant], mas não poderia imaginar que, ao se casar com ele, acabaria mergulhando no mundo de tensões e intrigas da corte de Viena".

Contudo, na vida pessoal de Sissi, um fato chama atenção: sua intensa rotina estética. Com uma rotina que poderia ser comparada com uma 'influenciadora fitness' dos dias atuais, fazia questão de integrar uma série de exercícios físicos e até mesmo dietas específicas em seu cotidiano, e chegou a construir salas de exercícios contando com barras para hipertrofia e calistenia, distribuídos em diversos palácios imperiais que frequentava diariamente.

Tais hábitos foram relembrados pelos escritores Paulo Rezzuttie Cláudia Thomé Witte na instigante obra "Sissi e o Último Brilho de Uma Dinastia", obra lançada no início de 2022 contando as principais passagens da imperatriz.

No shape

Ao contrário dos padrões de beleza da época, Sissi tinha uma obsessão por manter a magreza classificada pelos autores do livro como "quase incompreensível" pelo ambiente ao seu redor, onde a valorização de mulheres mais robustas estava no auge. Com base em registros, seu peso costumava estar na faixa dos 45 quilos e sem ultrapassar os 50.

É claro que, durante períodos de gestação, quando de dedicava aos cuidados maternos e deixava de lado os "hábitos fitness", costumava ultrapassar a marca, mas fazia questão de retomar a rotina de cuidados pessoais para reduzir o peso.

Pintura retrata Sissi / Crédito: Domínio Público / Wikimedia Commons

O número chama atenção quando a altura da princesa é levada em consideração, afinal, ela tinha 1,72 metro de altura, mais alta que o próprio marido. Para obter ainda mais finura, ela fazia questão de usar rotineiramente uma vestimenta especial.

Sua cintura tinha apenas cinquenta centímetros, que os espartilhos reduziam ainda mais para quarenta. Para manter essa circunferência tão estreita, ela usava um espartilho especial apertado em três lugares diferente, num processo que chegava a demorar uma hora”, explica a obra.

Malefícios da dieta

A obsessão pelo peso a fez alcançar as medidas desejadas por diversas vezes, mas reverberou em problemas de saúde devido a dieta restritiva, relatada pelos escritores com base em líquidos, como solas, leite, laranjas e até cerveja, abrindo exceção para sorvetes e um doce específico, descrito como um de seus favoritos: Pétalas de violeta cristalizadas.

Devido à ausência de proteínas, desenvolveu uma anemia aguda, obrigando que Sissi retomasse o consumo de carnes vermelhas. Mesmo sob prescrição médica, ela deu um jeitinho para evitar o sólido: "Para fazer isso sem abandonar seu regime, Sissi mandava espremerem carne de vaca num equipamento e em seguia bebia o suco resultante", aponta o livro.

Além disso, usava o fumo para afastar a fome e ansiedade, enfrentando o conceito da época em que cigarros e charutos deveriam ser unicamente de consumo masculino. Tal hábito chegou a ter um registro publicado pelo jornal Los Angeles Times, que em 1890, disse que a imperatriz, ao lado da irmã, Maria, fumava cerca de 30 a 40 cigarros turcos por dia e mais um charuto após o jantar.

Domínio Público

O resultado da prática causou outro fator que a desagradava esteticamente; com o fumo, seus dentes ficaram amarelados, buscando assim intensificar seus hábitos de higiene bucal, inclusive recorrendo a técnicas de embranquecimento que enfraqueceram a dentição e, em seus anos finais, a fazendo evitar sorrir e falar em público, chegando a escondê-los com um leque.


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