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A política eurasiana de Vladimir Putin remonta uma história étnica e territorial

Pensamento de hegemonia faz parte da História e é evidente no comportamento e discurso de Putin

Redação Publicado em 04/03/2022, às 12h25

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Vladimir Putin, presidente da Rússia - Getty Images
Vladimir Putin, presidente da Rússia - Getty Images

A variedade de etnias russas remonta o período pré-histórico e teve uma forte influência climática. Desde os povos pré-eslavos, denominados como 'rus' pelos vikings, aos tártaro-mongóis no século XIII, judeus, asiáticos e árabes, prevaleceu a etnia balcânica (sudeste europeu), leste europeia e báltica, esses dois últimos predominantes, têm relação com os eslavos, onde a região de origem remonta ao Neolítico.

Há duas versões para a palavra “eslavo” que do grego significa “escravo” e a versão que diz que o nome significa aquele que vem do Leste. Os romanos os chamavam de lobos, como bárbaros ferozes com seus cabelos e barbas compridas. 

O povo 'rus' mencionado pelo líder russo Vladimir Putin como a origem dos russos e ucranianos, igualando os povos de ambos os países e a região, nome de possível razão para o nome Rússia, foi mencionado mais de uma vez por Putina dizer que, russos, ucranianos e bielorrussos são, na verdade, um mesmo povo, os “descendentes da antiga Rus’”.

Vladimir Putin /Crédito: Getty Images

Sendo assim, a ideia do “povo ucraniano como uma nação separada dos russos”, segundo Putin, “não tem base histórica”. Que advém de seu pensamento eurasiano.  

O neo-eurasianismo é uma mistura entre geopolítica e espiritualidade tradicional, tendo em Alexander Dugin um dos principais teóricos. O pensamento geopolítico russo valoriza o fortalecimento do Estado Russo e a ampliação de sua área de influência, sobretudo no que se denomina de Eurásia, a recuperação geográfica da antiga área de influência soviética, o Leste Europeu, para a Ásia Central.

Este pensamento de hegemonia é histórico e está evidente no comportamento e discurso de Vladimir Putin. Historicamente, o eurasianismo tem objetivos declarados de instituir o comunismo, postula a civilização russa como de sua possível origem e a criação de uma nova identidade nacional que refletisse o caráter único da posição geopolítica.

Esse pensamento de superioridade está presente entre cientistas russos que buscam, mediante à neuroanatomia, coletar e mapear cérebros de russos de elite de forma estruturada, chegando a fundar em 1928 o Instituto de Pesquisa do Cérebro de Moscou, cuja coleção inclui os cérebros de vários neurocientistas russos proeminentes, incluindo VM Bekhterev,GI Rossolimo, LS Vygotsky e IP Pavlov.

Por isso esses cientistas estão entre aqueles que contribuíram ativamente para a busca da base neuroanatômica de uma capacidade mental e talento excepcionais buscando entender a inteligência, que será tema para a minha próxima coluna.


Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues colunista do Aventuras na História é PhD em Neurociências; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências; Mestre em Psicologia; Mestre em Psicanálise com formações em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filósofo, Jornalista, Especialização em Programação em Python, Inteligência Artificial e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Membro ativo da Redilat - La Red de Investigadores Latinoamericanos; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Professor e investigador cientista na Universidad Santander de México, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da FENS, Federação Européia de Neurociências; Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associação e sociedades de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.