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Testeira

Será o fim da humanidade quando chegarmos à falta de alimentos?

Entenda o cenário que intriga muitos atualmente

Fabiano de Abreu* Publicado em 02/10/2021, às 08h00

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Imagem meramente ilustrativa - Imagem de Engin Akyurt por Pixabay
Imagem meramente ilustrativa - Imagem de Engin Akyurt por Pixabay

Importante lembrar que atualmente a população mundial é de 7,8 bilhões e estima-se que em 2030 o mundo atinja a marca de 8,5 bilhões de habitantes e no ano de 2050 9,7 bilhões. Mas, será que há alimento para todo mundo? Será o fim da humanidade quando faltar comida para todas essas pessoas?

Razões para preocupações não faltam. Apesar de parecer um lento crescimento, este aumento populacional pode acarretar a falta de alimento para a população.

Com o aumento da população no futuro, é provável que haja escassez de comida e, se o organismo não estiver adaptado ao armazenamento de nutrientes pelo excesso de fartura e variedades no presente, pode haver dificuldade em se conseguir os nutrientes necessários à manutenção da vida.

Mesmo com este crescimento na produção de alimentos, nunca é demais lembrar que ela deve ter uma qualidade mínima que atenda a população. Caso contrário, o efeito será devastador: Afinal, ela implica diretamente na qualidade de vida do indivíduo.

Em contrapartida, uma dieta inadequada está relacionada como fator de risco de diversas patologias. É necessário, que o indivíduo consuma uma dieta rica em água, nutrientes, minerais, carboidratos, lipídios e proteínas.

A água tem papel importantíssimo no organismo atuando na dissolução de reagentes, reações metabólicas, degradação de substâncias, hidratação cutânea, além de ser o principal componente do plasma sanguíneo atuando assim no transporte de oxigênio e nutrientes para as células.

Enquanto isso, minerais como ferro, cálcio, zinco, cobre, magnésio, auxiliam na ativação de enzimas, produção de hormônios, ossos, dentes, contração muscular, dentre outras funções importantes.

Os carboidratos são responsáveis pela reserva de energia para o metabolismo celular e os lipídios atuam como reserva energética, e na funcionalidade de alguns hormônios.

E as proteínas possuem três funções principais como: estrutural ou plástica, catálise de reações químicas e defesa, além de atuarem no processo de crescimento de tecidos, musculatura, órgãos e hormônios.

Mesmo assim, as perspectivas não são tão animadoras. É preciso entender que o ser humano está perdendo o instinto de armazenamento, além do crescimento desenfreado da população mundial fará com que, no futuro, o alimento não esteja mais disponível com tanta “facilidade”.

Se tratando de indivíduos que têm condições e acesso a alimentos, seus corpos tornaram-se “reféns” de uma alimentação balanceada e com pequenos intervalos, fato que leva a uma importante reflexão sobre uma possível escassez de comida no futuro.

Neste cenário, fica a pergunta: seriam estes mesmos indivíduos capazes de conseguir os nutrientes necessários para seu corpo com uma alimentação mais restrita na ocasião de falta deles? A resposta desta pergunta virá ainda com muitos estudos, mas isso não evita de estarmos diante de um cenário preocupante.

De forma resumida, o intuito do meu estudo que tornou-se um artigo científico já publicado é: Se nosso organismo, reflexo da nossa ancestralidade, está condicionado a armazenar alguns nutrientes pela escassez de comida do passado, hoje com todos os nutrientes em nossas à disposição, suplementados, com vitaminas e nutrientes em um comprimido, adaptando o organismo a não mais armazenar, no futuro, quando não houver mais a mesma quantidade de alimentos e nutrientes, como nosso organismo vai se comportar com a capacidade perdida de armazenamento? Seremos refém de nutrientes sintéticos, magros e sem motivação já que o ato de comer é muito bom. 

Biografia resumida 

Fabiano de Abreu é PhD, neurocientista, mestre psicanalista, biólogo, historiador, antropólogo, com formações também em neuropsicologia, psicologia, neurolinguística, neuroplasticidade, inteligência artificial, neurociência aplicada à aprendizagem, filosofia, jornalismo e formação profissional em nutrição clínica - Diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, UniLogos; Membro da Federação Européia de Neurociências e da Sociedade Brasileira e Portuguesa de Neurociências. Universidades em destaque: Logos University International, UniLogos, Nova de Lisboa, Faveni, edX Harvard, Universidad de Madrid.