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Galeria / Arte

As Meninas: A obra-prima de Diego Velázquez

Há 420 anos, nascia o pintor espanhol, que aparece e dialoga com o observador em seu quadro mais famoso

Wagner Gutierrez Barreira Publicado em 06/06/2019, às 10h00

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As Meninas, de Diego Velázquez - Wikimedia Commons
As Meninas, de Diego Velázquez - Wikimedia Commons

O nome do quadro é este mesmo, Las Meninas (não Las Niñas). Meninas, no espanhol da época, não dizia respeito a garotas, como em português, mas a damas de companhia, retratadas na obra. Diego Velázquez é um dos gênios da pintura universal. Influenciou gigantes como Manet, Picasso e Francis Bacon. Transformado em pintor da corte pelo rei Felipe IV, seu ateliê funcionava dentro do palácio, o antigo Alcázar de Madri.

Em sua obra mais famosa, Velázquez aparece em seu local de trabalho, e com a mão na massa. O jogo de esconde-esconde que o quadro propõe mostra o verdadeiro objeto da pintura, o casal real, retratado no espelho, no fundo da tela. O artista olha diretamente para o espectador e se transforma em protagonista. Mas o centro das atenções é a pequena garota (que não é a menina), a infanta Margarida Teresa de Habsburgo. O primeiro nome da pintura, a propósito, era A Família de Felipe IV.

Crédito: Wikimedia Commons

O artista

Velázquez está em seu ateliê, onde as crianças costumavam brincar. As dimensões da tela em que trabalha são semelhantes às de As Meninas. Em seu peito ostenta a Ordem de Santiago, que recebeu depois da pintura – ou seja, foi acrescentada à obra mais tarde.


As meninas

Isabel de Velasco e Agustina Sarmiento (segurando uma bandeja com um jarro vermelho) são as damas de companhia, as meninas que dão nome ao quadro. Agustina virou condessa e Isabel morreu poucos anos depois da pintura.


A infanta

Margarida, à época do retrato, tinha 5 anos e era a sucessora de Felipe IV. Perdeu o trono para o irmão, que nasceu anos depois. Carlos II, o Enfeitiçado, foi o último monarca espanhol da casa do Habsburgo.


Os anões

Mari Bárbola e Nicolasito Perlusato. A alemã e o milanês eram protegidos de Felipe IV. Anões eram comuns nas cortes e serviam como companhia para as crianças – além de expressar a generosidade, poder e riqueza dos reis.


O homem no fundo

O fidalgo José Nieto aparece na porta, no fundo da pintura, aos pés da escada. Era o camareiro da rainha.


A falsa freira e o padre

Marcela de Ulloa, que aparece vestida com hábito de freira, era a chefe do serviço de damas do palácio. Na verdade, ela usa um manto de viúva. Ao seu lado, possivelmente, está o padre Diego Ruiz Azcona.


Os reis no espelho

A metalinguagem do quadro é representada pelo vulto dos reis Felipe e Mariana de Áustria refletido no espelho. Eles seriam o objeto da pintura de Velázquez. Felipe era conhecido como o Rei Planeta: seus domínios incluíam toda a América, parte da Itália, Jerusalém, Portugal e regiões da França.


Pinturas

Como o cenário é o ateliê do artista, na parede do fundo duas pinturas com temas clássicos, de Rubens e Jordaens, estão representadas. Mais um traço de metalinguagem.