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Notícias / África

124 anos depois, Alemanha devolverá “Bronzes de Benin” à Nigéria

Peças foram roubadas do país africano em 1897, durante período colonial

Fabio Previdelli Publicado em 03/05/2021, às 11h40

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Peças do Bronze de Benin - Getty Images
Peças do Bronze de Benin - Getty Images

De acordo com anúncio feito pelo governo alemão na última quinta-feira, 27, o país pretende devolver à Nigéria, até 2022, parte de artefatos históricos conhecidos como “Bronzes de Benin”. As informações são do G1. 

As peças foram retiradas em 1897 do Reino de Benin — atual sudoeste da Nigéria —, que era controlada pelo exército britânico. De lá foram trazidas placas com bustos e esculturas dos séculos 16 e 18, que eram parte da decoração do palácio real de Benin. Segundo informado pelo G1, os artefatos são feitos de uma liga de cobre, apesar de se chamarem “Bronzes de Benin”. 

Com a notícia, os ministérios das Relações Exteriores e da Cultura do país divulgaram um comunicado em conjunto informando que defendem a “transparência máxima” no processo de restituição. 

"Queremos contribuir para um entendimento comum e uma reconciliação com os descendentes do povo que foi privado de seus tesouros culturais durante o tempo do colonialismo", diz um trecho do documento. 

Mais de 500 artefatos do Reino de Benin estão guardados no Museu de Etnologia de Berlim. Segundo o G1, depois que os britânicos se apropriaram das peças, muitas delas foram vendidas e hoje estão espalhadas em diversos museus pelo mundo, como Estados Unidos, Nova Zelândia e Londres — que possui a maior parte dessa coleção. 

O ato segue uma tendência internacional para que relíquias roubadas durante a era colonial sejam devolvidas aos seus países de origem. Há algumas semanas, por exemplo, a Universidade de Aberdeen, na Escócia, já havia anunciado que devolverá peças de bronze para a Nigéria nos próximos dias.  

Já no final do ano passado, foi a vez da França aprovar um ofício para que 26 peças roubadas no antigo Reino de Benin, em 1892, fossem devolvidas. De acordo com o G1, com a chegada desses artefatos, o país pretende construir um novo museu para abrigá-las, que deverá ficar pronto até o fim de 2024. O custo das obras é estimado em 3,4 milhões de euros (algo na casa dos R$ 22 milhões).