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Notícias / Crimes brasileiros

17 anos de cárcere: Criminoso colocava música alta para abafar gritos

Os filhos da vítima com o agressor eram tão subnutridos que pareciam crianças pequenas, embora fossem maiores de idade

Ingredi Brunato Publicado em 30/07/2022, às 08h21

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Fotografia de uma das vítimas, e do local onde eles eram mantidos - Divulgação/ PM
Fotografia de uma das vítimas, e do local onde eles eram mantidos - Divulgação/ PM

Nesta semana, uma mulher e seus dois filhos foram libertados de uma situação de cárcere privado no bairro de Guaratiba, localizado no Rio de Janeiro. O perpetrador, Luiz Antonio Santos Silva, era marido e pai das vítimas, e foi preso imediatamente. 

O perturbador crime havia persistido durante nada menos que 17 anos, e apenas chegou ao fim graças a uma denúncia anônima feita às autoridades. 

Os jovens que cresceram nessas condições tinham 19 e 22 anos e nunca haviam ido à escola. Eles foram encontrados pelos oficiais amarrados e sujos. Outro aspecto assustador era que o estado de subnutrição dos dois era tão grande, que aparentavam serem crianças de por volta de 10 anos, e não eram capazes de ficar de pé sozinhos. 

Além do cárcere privado, está previsto que Luiz Antonio seja acusado de tortura e maus-tratos devido às suas ações criminosas prolongadas contra a própria família, de acordo com informações apuradas pelo g1. 

Em depoimento à Polícia Federal, sua esposa relatou que fez inúmeras tentativas de escapar, mas era ameaçada e intimidada. 

Você tem que fica comigo até o fim, se você for embora só sai daqui morta", dizia ele, segundo a mulher. 

Vizinhança em alerta

Os vizinhos da vítima, por sua vez, relataram saber da situação. Outras denúncias já haviam sido feitas no passado para o posto de saúde legal e o Conselho Tutelar, mas sem resultados.

Enquanto as autoridades não reagiam, alguns moradores de região chegaram a fazer tentativas de alimentar a mulher e as crianças em cárcere privado: 

“As crianças ficavam presas, amarradas. Na quarta-feira, eu trouxe pão, mas a mulher contou que o Luiz viu e jogou fora, contou que ele queria bater nela, que achou ruim, e que eles não comeram nada”, afirmou um homem chamado Sebastião Gomes da Silva em entrevista ao g1. 

O perpetrador do crime era apelidado de "DJ" pelos vizinhos devido ao seu hábito de colocar música alta para abafar os gritos de socorro de seus filhos. 

A gente passava muitas vezes aqui e o som alto. Ele tinha uma aparelhagem de som muito grande aí dentro (...) Ele é um cara forte, fala grosso. Simplesmente ficava aí dentro, ligava o som alto para abafar a situação. Foi denunciado várias vezes", relatou outro entrevistado, Álvaro dos Santos, também ao veículo. 

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