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1700 anos atrás, um homem foi enterrado com pedra no lugar da língua

Uma das hipóteses dos arqueólogos é que seus contemporâneos acreditavam que ele era um vampiro

Redação AH Publicado em 25/01/2017, às 11h53 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h35

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A pedra chata pode ser vista entre as mandíbulas - Historical England
A pedra chata pode ser vista entre as mandíbulas - Historical England
É um homem de cerca de 30 anos, que viveu no século 3 ou 4 na atual região de Northamptonshire. Nessa época, os anglo-saxônicos que deram origem à língua inglesa ainda não haviam chegado e a população celta nativa era dominada pelos romanos. O jovem adulto foi enterrado com a cara virada para baixo e, no lugar de sua língua, estava uma pedra. 

O que isso quer dizer? Provavelmente, que não gostavam muito dele ."Isto não é algo que tenha sido identificado até agora nos registros arqueológicos", afirma o bioarqueólogo Simon Mays, da organização Historic England, ao jornal The Guardian."Então foi identificar uma nova prática... O fato de ele ter sido enterrado com a cara para baixo na tumba é consistente com alguém cujo comportamento foi considerado estranho ou ameaçador dentro de uma comunidade."

Nada querido: o homem teve a língua cortada antes de ser enterrado. Ainda que não haja, obviamente, mais língua nenhuma, os arqueólogos chegaram a essa conclusão porque substituir uma parte perdida por outra era comum em enterros na Grã-Bretanha romana. "A grande maioria são decapitações, e você tem uma pedra ou pote onde a cabeça devia estar", afirma Mays. Além disso, os ossos tinham sinal de infecção, que é o que acontece quando se corta a língua de alguém.

Ainda de acordo com Mays, a hipótese mais benigna é que o jovem talvez tenha cortado a própria língua num surto psicótico - o que o marcou como maldito. Ou fizeram isso a ele como forma de punição por algo que tenha dito. 

Quanto ao fato de esse sujeito desprezado estar virado para baixo, é ainda mais interessante. "É uma forma de fazer o corpo não levantar de sua tumba e ameaçar os vivos", diz Mays. A prática de fazer enterros bizarros para evitar a volta do morto foi comum até o século 19. Tratava-se de um enterro de vampiro.