Entre as fatalidades do atentado, estavam três monges que trabalhavam no local sagrado
No último sábado, 11, um mosteiro budista localizado na porção leste de Mianmar foi palco de um terrível massacre que tirou as vidas de pelo menos 28 pessoas, incluindo 3 monges.
O local sagrado, que estava servindo de abrigo temporário para os aldeões da vila de Nam Nain, teria sido atacado por soldados armados — o que terminou com a construção crivada de balas.
Segundo divulgado pela AP, não se sabe quem são os responsáveis pelo atentado, mas fontes da Força de Defesa das Nacionalidades Karenni (KNDF, na sigla em inglês), que é a resistência civil armada de Mianmar, culpam o exército do país.
O monge me ligou às 8 da manhã de sábado. Ele disse 'Eles estão entrando na aldeia. Posso ouvir os sons de tiros e artilharia', e de repente desligou o telefone", relatou um integrante do KNDF ao veículo.
Já os militares, por outro lado, dizem que os culpados são a resistência civil, chamados de "terroristas" em uma declaração de um porta-voz: "Quando (os) grupos terroristas abriram fogo violentamente, viu-se que alguns aldeões foram mortos e feridos", afirmou um homem repercutido pela ABC News.
Vale lembrar que o país vive uma longa situação de violenta guerra civil desde que seu governo foi tomado por um golpe militar em fevereiro de 2021.
De lá para cá, a nação foi devastada por uma crise política e humanitária que empurrou quase metade de sua população para baixo da linha da pobreza, de acordo com um relatório publicado pela ONU neste ano de 2023.