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Notícias / Estados Unidos

47 anos depois, ex-membro dos Panteras Negras ganha liberdade

Sundiata Acol foi preso em 1974 e condenado à prisão perpétua no ano seguinte

Fabio Previdelli Publicado em 11/05/2022, às 15h40

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Membros do Movimento Panteras Negras - Divulgação/ Steven Kasher Gallery
Membros do Movimento Panteras Negras - Divulgação/ Steven Kasher Gallery

Indiciado pelo assassinato de um policial em 1974, Sundiata Acoli acabou sendo condenado à prisão perpétua no ano seguinte. Agora, aos 85 anos, quase cinco décadas após o crime, o ex-membro dos Panteras Negras recebeu liberdade condicional. 

O crime aconteceu após o carro onde Acoli estava ser parado em uma blitz de rotina em uma rodovia de Nova Jersey. À época, ele viajava com Assata e Malik Shakur, membros do Exército de Libertação Negra, que era um dos braços armados dos lendários Panteras Negras

Na ocasião, seu veículo acabou sendo perseguido pelos agentes. Acoli alegou que perdeu a consciência após ser alvejado durante o fogo cruzado, segundo reporta a BBC. Quando acordou, ele estava ao lado do corpo de Werner Foerster. Além da morte do soldado, outro agente ficou ferido. 

Com isso, Sundiata acabou sendo detido junto a Assata Shakur. Há cerca de 30 anos, o ex-membro dos Panteras Negras tenta conquistar sua liberdade condicional. Porém, a Suprema Corte de Nova Jersey havia negado todas os pedidos, até então. 

Entretanto, isso mudou com a recente liberação. A decisão foi proferida favorável à Acoli por três votos a dois. Os juízes do tribunal alegaram que seu comportamento como prisioneiro  foi “exemplar”. Também pesou o fato dele ter completado 120 programas quando esteve preso. 

Em meados de 2010, um psicólogo designado pelo Estado avaliou o ex-membro dos Panteras Negras. Ele alegou que Sundiata “parecia arrependido” pelo crime, além de demonstrar “profundo arrependimento” por ter tido participação na morte do agente.  

Os Panteras Negras

Em 1966, nos Estados Unidos, foi fundado o grupo revolucionário chamado de Panteras Negras. Nacionalistas e com viés socialista, eles defendiam a autodefesa armada, principalmente contra a ação truculenta da polícia, a quem chamavam de “porcos”.

Desde a dissolução do Partido, em 1982, 12 ex-membros dos Panteras Negras permanecem presos. Assata Shakur, que foi presa junto de Acoli, está foragida desde que fugiu em 1977. Na lista de mais procurados do FBI, acredita-se que ela tenha buscado exílio em Cuba.