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Notícias / Mundo animal

890 milhões de anos: Fóssil de esponja pode ser o registro animal mais antigo do mundo, diz estudo

No entanto, pesquisa gera polêmica no meio acadêmico. Entenda!

Fabio Previdelli Publicado em 03/08/2021, às 14h09

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Foto de uma Spongia officinalis - Vasilis Andreou/Wikimedia Commons
Foto de uma Spongia officinalis - Vasilis Andreou/Wikimedia Commons

Na semana passada, um estudo publicado na revista Nature aponta o que pode ser o registro fóssil animal mais velho do mundo.

De acordo com a publicação, estruturas reticuladas encontradas em um recife antigo podem ser os restos fossilizados de esponjas que viveram há 890 milhões de anos.  

Caso confirmado, o registro será 300 milhões de anos mais velho que os mais antigos fósseis animais não contestados que se tem informação, conforme explica matéria publicada pelo National Geographic Brasil.  

Há milhões de anos, parentes da moderna esponja-do-mar ajudam na filtração das águas do nosso planeta. Devido sua estrutura simples, pesquisadores apontam, conforme diz o National Geographic, que elas podem ser os primeiros animais a terem surgido na Terra. 

Mas uma perspectiva de quando isso ocorreu ainda é incerta, embora a descoberta do fóssil preservado em rochas calcárias de Little Dal, no noroeste do Canadá, possa mudar isso, apesar das polêmicas que o achado pode causar. 

O principal ponto da discussão é que como esses registros são extremamente velhos, não se pode ter certeza se esses fósseis realmente são de criaturas que surgiram em mares primitivos, afinal, não se pode afirmar que as criaturas modernas possuem uma aparência semelhante com seus ‘antepassados’.  

Além disso, não existe uma concordância no meio científico sobre quais evidências podem distinguir animais de outras formas de vida — ou até mesmo de estruturas geológicas.  

“É semelhante ao teste psicológico de Rorschach, mas com alguns rabiscos em uma rocha”, explica, Jonathan Antcliffe, paleontólogo especializado em vida primitiva da Universidade de Lausanne, na Suíça. 

Elizabeth Turner, geóloga de campo da Universidade Laurentian  (Ontário) e única autora do estudo, no entanto, entende que a publicação de sua pesquisa é importante justamente por isso. “É hora de ser publicada e divulgada entre a comunidade científica para discussão e contestação”. 

Em entrevista ao National Geographic, Turner mostrou aquilo que considerou parente moderna da suposta esponja fóssil: uma esponja da espécie Spongia officinalis de cor amarelo-mostarda. 

Com isso, apontou que a rede de tubos da espécie, que são responsáveis por proporcionar sua característica esponjosa, possui uma malha “idêntica” com a de outros fósseis que foram analisados recentemente. Assim como de diversos fósseis reticulados com uma idade mais nova, mas que foram identificadas por outros cientistas.