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Notícias / Abandono

Abandonado há 41 anos, Monumento Rodoviário da Presidente Dutra já abrigou obras de Candido Portinari

Fechado desde 1978, o ponto turístico na Serra das Araras servia como área de descanso e lazer para os motoristas

Redação Publicado em 12/03/2019, às 14h07

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Wikimedia Commons - Monumento Rodoviário Belvedere
Wikimedia Commons - Monumento Rodoviário Belvedere

O Monumento Rodoviário Belvedere da rodovia Presidente Dutra, localizado na Serra das Araras, em Piraí, no estado do Rio de Janeiro, está abandonado há 41 anos.

Inaugurado no dia 13 de maio de 1938, após 12 anos de obras desde o lançamento da pedra fundamental por Washington Luiz, era usado como área de descanso para os motoristas na estrada que liga São Paulo ao Rio de Janeiro.  

A área de 54 mil metros quadrados abrigava um restaurante, praça de lazer, jardim, lagoa e um edifício art déco. Até um farol foi instalado no topo da imponente torre de 35 metros de altura na beira da rodovia.

O interior do edifício principal abrigava quatro painéis do pintor Candido Portinari, medindo 7,68m x 0,96cm, todos com o tema 'Construindo Uma Rodovia'. Já o exterior da construção continha oito painéis do escultor francês Albert Freyhoffer mostrando a mudança no transporte ao longo do tempo, da carruagem ao carro de boi até os automóveis da década de 1930.

ABANDONO

Monumento Rodoviário Belvedere / Wikimedia Commons

O monumento foi oficialmente fechado ao público em 1978, e tem sofrido com o desgaste natural do tempo e o vandalismo recorrente. Em 27 de agosto de 1990, foi registrado como patrimônio cultural, mas seguiu com o abandono.

Já os painéis de Portinari foram retirados do edifício em outubro de 2000, passando por um processo de restauração em 2001. Atualmente, eles estão expostos no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.

Uma ação civil pública para restaurar a estrutura na rodovia Presidente Dutra foi arquivada pelo Ministério Público Federal de Volta Redonda em outubro de 2015. A concessionário que passa pela rodovia argumenta que o contrato de concessão não cobre a manutenção do monumento. Já um plano para o restauro foi aprovado em meados de 2016, não não houve avanços nas obras.