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Notícias / Estados Unidos

Afro-americano que foi amarrado por policiais processa cidade e pede indenização

Por conduta “extrema e ultrajante”, Departamento de Polícia poderá indenizar Donald Neely por cena que foi comparada com os tempos da escravidão nas Américas

Fabio Previdelli Publicado em 13/10/2020, às 10h44

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Imagens de Donald Neely sendo conduzido por policiais - Divulgação
Imagens de Donald Neely sendo conduzido por policiais - Divulgação

No ano passado, o Donald Neely, um homem negro e sem-teto, foi preso por invasão criminosa. No entanto, o que chamou mais a atenção do caso foi a maneira como sua prisão foi feita: Nelly foi algemado e conduzido pela rua com uma corda por dos policias brancos montados a cavalo que o levaram até a delegacia mais próxima.  

Pouco depois, as acusações contra Donald acabaram sendo rejeitadas por um tribunal. Agora, o rapaz resolveu processar a cidade de Gavelston, Texas, onde o caso ocorreu, e também o Departamento de Polícia local. O homem pede uma indenização de 1 milhão de dólares (o equivalente a 5,5 milhões de reais). 

Quando a prisão ocorreu, a imagem do homem negro amarrado sendo conduzido pelos policiais brancos acabou viralizando nas redes sociais, com muitas pessoas comparando a cena com os tempos da escravidão nas Américas. Essa alusão é explicitamente citada no processo. 

O processo alega que a conduta dos policiais ligados ao caso foi “extrema e ultrajante”, além de causar prejuízos físicos, emocionais e mentais em Neely. Donald também diz ter sofrido “escoriações” no corpo e alegou que “sofreu com o calor e passou por constrangimento, humilhação e medo”. 

As autoridades locais se recusaram a comentar sobre o processo. O único pronunciamento oficial ocorreu no ano passado, quando o chefe da polícia de Galveston, Vernon Hale, disse que a técnica usada pelos policiais era aceitável em algumas situações, mas que os agentes “não demonstraram bom senso neste caso”. Ele também lamentou a situação, disse que não houve “intenção maliciosa” e pediu desculpas a Neely pelo “constrangimento desnecessário”.