A análise de vasos de cerâmica encontrados na atual Alemanha permitiu descobrir o que se cozinhava na época
Alana Sousa Publicado em 03/12/2018, às 14h36 - Atualizado às 15h01
O que vem a sua cabeça quando você pensa na alimentação de seis mil anos atrás? Talvez carnes que foram caçadas e mal cozidas, já que não havia artefatos ou conhecimento suficiente para produzir sofisticação? Longe desse estereótipo, caviar e costelas era a preferência das pessoas que viviam na região que hoje corresponde ao nordeste da Alemanha.
Um estudo realizado pelo Instituto de Biologia Molecular e Genética, sediado em Dresden, encontrou um pote de cerâmica na região onde hoje fica Brandemburgo. O objeto foi submetido a uma análise das proteínas que estavam grudadas nas bordas. Assim os pesquisadores poderiam entender o processo de cozimento dos alimentos que ficavam armazenados ali.
A análise em questão concluiu que os ingredientes de um dos pratos preparados eram ovos de carpas de água doce, cozidos em caldo de peixe – os ovos talvez fossem fritos antes que o caldo fosse acrescentado. Folhas no vapor para selar e serem acrescentadas no final para um gosto extra. Já a crosta de outra tigela, submetida à análise, foi usada para cozinhar carne de porco com ossos, tendões ou pele.
