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Notícias / Brasil

Amapá sem luz: moradores passam por dificuldades diante de rodízio de energia elétrica

Medo de assaltos e retomada de luz em turnos distintos fazem com que muitos amapaenses percam o sono — expectativa é que a energia volte no Estado neste fim de semana

Fabio Previdelli Publicado em 10/11/2020, às 13h00

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Imagem de rede elétrica do Amapá - Divulgação/ Governo do Amapá
Imagem de rede elétrica do Amapá - Divulgação/ Governo do Amapá

Após passarem mais de oito dias de apagão, moradores do Amapá contam desde domingo, 8, com o chamado “parcelamento” de energia elétrica, que é dividido em dois turnos: de 0h às 6h e 12h às 18h ou de 6h à 12h e 18h às 0h.  

A retomada parcial está programada para durar até o final desta semana, mas as falhas nos rodízios colocam essa verdade em xeque pelos moradores, que tem que adaptar a rotina de viver 12 horas todos os dias sem luz. Já na justiça, o prazo para uma solução definitiva acaba hoje, 10, sob a multa de 15 milhões de reais caso seja descumprida.  

A falta de energia elétrica impõe limitações não só no cotidiano dos amapaenses como em todo o comércio local. Apesar de grande parte das lojas reabrirem, a inconstância no fornecimento de luz já prejudicou o sono de muitas pessoas, afinal, muitas delas precisam aproveitar a madrugada para realizar as tarefas que normalmente fariam durante o dia.  

Outros fatores que tiram o sono dos moradores são o risco maior de assaltos, devido as casas estarem sem seus serviços de segurança funcionando — como câmeras e cerca elétricas —, e o calor que assola a região, já que ventiladores e ar-condicionado não funcionam, a alternativa que resta é abrir a janela e encaram uma infestação de insetos.  

Além da falta de luz, alguns moradores da capital também sofrem com a falta de água. Sem energia elétrica, o sistema de abastecimento, que dependem de bombas, se torna incapaz de levar água até as residências.  

A crise no Amapá começou com um raio atingindo um dos três transformadores de energia da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). A descarga elétrica foi tão grande que o transformador pegou fogo, que acabou se espalhando para os outros dois.  

Já os equipamentos de backup, estão parados há quase um ano para manutenção, sem ninguém saber informar o motivo de tanta demora. No momento, um dos transformadores já voltou a funcionar, o que garante a distribuição de 70% da demanda de energia.  

Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), o sistema de parcelamento de luz deve continuar até a chegada de outro transformador, que já começou a ser desmontado para ser enviado ao Macapá. O prazo para a chegada do equipamento é de até 15 dias.