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Notícias / Idade do Bronze

Análise de dentes indica desigualdade de gênero na Idade do Bronze

Segundo a responsável pelo estudo, “as diferenças alimentares entre os sexos começaram na primeira infância e continuaram ao longo da vida”

Isabela Barreiros Publicado em 20/03/2020, às 09h00

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Crânio da Idade do Bronze - Wikimedia Commons
Crânio da Idade do Bronze - Wikimedia Commons

Um novo estudo feito com dentes encontrados nas planícies centrais da China, que datam da dinastia oriental de Zhou, entre 771 e 221 a.C., revelaram que a desigualdade de gênero já influenciava a dinâmica de sociedades antigas. Durante a Idade do Bronze, a alimentação era diferente para homens e mulheres.

A principal diferença entre os gêneros surgia logo no início de suas vidas. Na questão da amamentação, as meninas eram desmamadas mais cedo do que os meninos. Além disso, os alimentos também diferiam de acordo com o sexo. Mulheres de alimentavam mais de trigo e soja, enquanto homens comiam mais milhete.

"Nós já sabíamos que esse período mostrou um aumento da desigualdade entre homens e mulheres. O que pudemos encontrar é que estas diferenças ainda eram evidentes no que as pessoas comiam e como eles cuidaram dos filhos, além de diferenças de gênero em por quanto tempo os bebês foram desmamados e, depois, os alimentos que foram alimentados quando crianças”, explicou Melanie Miller, do Departamento de Anatomia da Universidade de Otago.

Segundo a pesquisadora, “as diferenças alimentares entre os sexos começaram na primeira infância e continuaram ao longo da vida”. Isso signigica que “os alimentos que as pessoas comiam regularmente eram ligeiramente diferentes se fossem meninos ou meninas, e depois homens ou mulheres”.

Sendo a alimentação uma parte integrante da vida em sociedade, a descoberta foi muito importante para o entendimento da desigualdade de gênero já na Idade do Bronze. “Esses resultados da dieta destacam como o cotidiano de mulheres e homens foi cada vez mais diferenciado, mesmo em práticas diárias, como os alimentos que uma pessoa comia”, conclui Miller.