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Notícias / Arqueologia

Análise de DNA sugere que primeiros moradores das Américas foram exterminados por colonos antes de Cristóvão Colombo

Doenças ou guerras teriam causado a morte dos habitantes do Caribe pelo menos um milênio antes da chegada do navegador ao continente

Isabela Barreiros Publicado em 28/12/2020, às 15h01 - Atualizado em 29/12/2020, às 13h30

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Ilustração dos nativos do continente - Divulgação - Florida Museum of Natural History
Ilustração dos nativos do continente - Divulgação - Florida Museum of Natural History

Um novo estudo sugere que as coisas já estavam complicadas nas Américas antes de Cristóvão Colombo chegar aqui. Uma pesquisa de DNA publicada na revista científica Nature revelou que, antes do navegador chegar ao continente, os primeiros habitantes da região quase foram exterminados por invasores. As informações são do Daily Mail.

Os pesquisadores acreditam que essas mortes ocorreram principalmente por doenças, que podem ter sido trazidas pelos invasores, mas também por guerras travadas entre os grupos. Isso teria acontecido pelo menos um milênio antes da colonização de fato, há 6 mil e 7 mil anos.

Não se sabe exatamente quem eram essas pessoas que chegaram ao Caribe ainda antes de Colombo, mas supõe-se que eles tenham vindo ou da América do Norte ou até mesmo da América do Sul.

Os colonos invasores formaram um grupo que ficou conhecido por cientistas como povo da 'Idade da Cerâmica', pela fabricação de artefatos desse material.

A pesquisa considera que esse grupo chegou em Porto Rico primeiro, movimentando-se para o oeste. Os que já viviam no Caribe foram chamados de pessoas da Idade Arcaica, que usavam, em vez de cerâmica, ferramentas em pedra. Eles começaram a se mudar para o leste, contudo, a relação dos grupos parece não ter sido pacífica.

Pode-se concluir que os colonos da Idade da Cerâmica substituíram os da Idade Arcaica, não existindo uma integração entre os dois povos. Os especialistas acreditam nessa teoria porque traços de DNA dos nativos praticamente desapareceram nos próximos anos, persistindo apenas em Cuba, considerada uma exceção. 

O estudo foi realizado por meio de uma análise de DNA de 174 habitantes antigos do Caribe e Venezuela, que viveram entre 400 e 3.100 anos atrás, além do material genético de mais 89 indivíduos. 

Por meio dessa investigação, também foi possível entender mais sobre as populações nativas da época. O líder da pesquisa, David Reich, da Harvard Medical School, explicou que eles descobriram que o número de pessoas na região provavelmente era menor do que pensávamos.

Acredita-se que havia entre 10 mil e 50 mil nativos antes da chegada de Colombo, contrariando a hipótese do historiador Bartolomé de las Casas, que, no começo de 1500, sugeriu que havia ao menos 3 milhões de pessoas em Porto Rico e Hispaniola. 

Sobre arqueologia

Descobertas arqueológicas milenares sempre impressionam, pois, além de revelar objetos inestimáveis, elas também, de certa forma, nos ensinam sobre como tal sociedade estudada se desenvolveu e se consolidou ao longo da história. 

Sem dúvida nenhuma, uma das que mais chamam a atenção ainda hoje é a dos egípcios antigos. Permeados por crendices em supostas maldições e pela completa admiração em grandes figuras como Cleópatra e Tutancâmon, o Egito gera curiosidade por ser berço de uma das civilizações que foram uma das bases da história humana e, principalmente, pelos diversos achados de pesquisadores e arqueólogos nas últimas décadas.