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Notícias / Personagem

Há exatos 120 anos, uma idosa se tornava a primeira pessoa a descer as Cataratas do Niágara num barril

Annie Taylor era uma professora aposentada e encarou a descida radical como um desafio, saindo com vida e fama nacional pelo feito

Wallacy Ferrari Publicado em 24/10/2021, às 00h00

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Annie posa com seu barril - Wikimedia Commons / Domínio Público
Annie posa com seu barril - Wikimedia Commons / Domínio Público

O desafio de enfrentar as Cataratas do Niágara, ponto turístico localizado na fronteira com o Canadá, já foi marcado por diversas obras audiovisuais como uma das aventuras mais arriscadas para o ser humano, mas sempre retratada como um desafio possível — como no desenho Pica-Pau, onde o personagem faz o trajeto diversas vezes durante o episódio sem ferimentos.

A lúdica aventura, no entanto, tem inspiração em uma história que iniciou em 24 de outubro de 1901 após uma ideia mirabolante da professora Annie Edson Taylor, que decidiu enfrentar as águas de maneira radical para atrair os olhares da imprensa.

O site Aventuras na História separou cinco fatos sobre Annie Edson Taylor, a aposentada que desceu as Cataratas do Niágara em um barril.

1. Bem antes

Annie havia trabalhado como professora ao longo de toda a vida profissional, aposentando poucos anos antes do episódio que a eternizou na História. Com diversas contas para pagar, a situação ficou ainda mais difícil quando o marido faleceu durante os confrontos na Guerra Civil Americana, no final do século 19.

Como consequência, a renda não era suficiente para custear sua vida com conforto, estando praticamente falida. Assim, teve a brilhante ideia de arrecadar fundos justamente com a exposição midiática. Através de uma revista, descobriu que algumas pessoas ficaram famosas pela coragem de velejar na parte inferior das Cataratas, no entanto, decidiu ir além.


2. Plano mirabolante

Com a ajuda de dois amigos, produziu um barril especial com um arnês de couro fixado em sua parte interna, de maneira que Annie não fosse atirada para fora durante a tentativa. A parte de cima foi fechada, com o ar comprimido sendo possibilitado com uma bomba de encher pneus de bicicleta, vedado com uma simples rolha.

Tudo isso foi possível na base do improviso e com os conhecimentos de física que a ex-professora ensinou durante anos. Com o plano pronto, o barril selado seria posicionado no topo da queda d'água de Horseshoe Falls, a mais violenta das Cataratas do Niágara. O barril deveria não apenas proteger a aposentada, mas também segurar o impacto de mais de 3 mil toneladas de água que fluem na queda.


3. A execução

Antes de pular, Annie decidiu fazer um teste; colocou um gato dentro do barril e jogou do mesmo ponto que seria lançada na tentativa. O barril surpreendeu por aguentar a gueda, além de ter feito o gato sobreviver sem ferimentos. Foi suficiente para convencer os amigos que não era suicídio. 

Annie sendo retirada do barril após queda nas cataratas / Crédito: Divulgação / InfoNiagara

Com alguns jornalistas acompanhando a tentativa, Taylor foi arremessada pelos dois companheiros e, rapidamente, foi engolida pela água. Uma insanidade. O trajeto até a costa durou 20 minutos e, de maneira impressionante, a aposentada estava viva. Apesar de quase desmaiar por asfixia, a abertura do objeto fez a professora sair caminhando, tendo apenas com um corte superficial na cabeça e completamente descabelada.


4. E depois?

O impressionante feito rendeu diversas aparições em jornais impressos por todo o país, porém, não conseguiu monetizar a atenção com sucesso; com problemas em realizar apresentações e chegando a mentir a idade — afirmando ter 40 quando já totalizava 63 anos de idade — os 15 minutos de fama terminaram de maneira rápida.


5. Influência negativa

Mesmo sendo destacada como a "Heroína das Cataratas do Niágara", a tentativa motivou outras 15 pessoas a reproduzirem o feito com equipamentos semelhantes ou sem nenhuma proteção nos anos seguintes, com apenas dez sobrevivendo a tentativa.

Por isso, desde 1951, o Parque Nacional do Niágara possui vigilantes, câmeras de segurança e placas que proíbem a entrada de visitantes nas cataratas, posteriormente sendo uma lei regional do condado. As punições pelo ato podem varias de prisão e multas que podem totalizar 10 mil dólares.


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